Nem dinheiro e folga de Carnaval levam consumidores às compras
Servidores municipais e estaduais receberam no último dia 2 de março
“Paradeira” é o que resume o Centro de Campo Grande, nesta terça-feira (5), quarto dia de festividades do Carnaval. Nem os salários na conta e folga de ponto facultativo levaram os servidores às compras. Mesmo assim, alguns comerciantes apostaram nas vendas e estão de portas abertas.
O fiscal de uma loja de bijuteria na Rua 14 de Julho, Vander Alves, trabalha no local há dois anos e já está acostumado a não ter folga nesta época. “Tá parado. Foi melhor ano passado. Pelo menos tô ganhando o meu né? Sem hora extra, mas é a diária como um dia normal de trabalho. A gente não atendeu nem 30 pessoas hoje de manhã”, disse.
Na loja de bijuteria, todos os oito funcionários trabalham, normalmente, durante o carnaval.
Já a vendedora Adriane Rodas, de 30 anos, trabalha em uma loja de utilidades domésticas. Ela conta que o patrão fez uma espécie de escala e deu folga para a maioria dos funcionários, mas mesmo assim fechará mais cedo.
“Três pessoas trabalhariam até 12h, mas o dono resolveu fechar mais cedo por causa do baixo movimento. Não vendeu nada, nem compensa. Não compensa abrir hoje. Ano passado não abriu. Quase todo mundo não abriu. E amanhã a gente vai trabalhar normal, disse.
A funcionária pública Adriane Genova, de 46 anos, ficou surpresa por encontrar lojas abertas. “Eu esperava que tivesse mais lojas fechadas mesmo sendo só um feriado cultural. Eu tenho a impressão que não está valendo a pena pro comércio”, disse.
O gerente de uma loja de calçados, na Rua Barão do Rio Branco, Lafaette del Valle Coutinho afirma que na loja o ritmo de trabalho é normal para os 19 funcionários.
“Tá parado demais. Pelo menos na parte da manhã pensei que ia dar um movimento legal, mas tá parado. Movimento fora do esperado. Não tá compensando. A gente vai ficar aberto até as 17h. O horário normal é 19h30”, disse.
O motorista Fábio da Silva, de 37 anos, aproveitou a folga para ir com a esposa Juliana Gonçalves, de 32 anos, no Centro. O casal procurava uma cadeira infantil para filha Pâmela Gonçalves de 3 anos.
“Viemos aproveitar pra comprar a cadeirinha, mas todas as lojas de magazine estão fechadas. Mas daí eu aproveitei para comprar uma sandália que nem fazia parte dos planos”, afirmou.
A atendente de uma rede de farmácias, localizada na Rua 14 de Julho, Rosilene Souza Gonçalves, trabalha no local há sete anos. Ela percebeu queda na movimentação em relação ao ano passado.
“Carnaval nunca teve movimento. Como é nacional a gente acaba seguindo uma determinação. A gente não tem venda. Mas tem trabalho interno, balanço, contagem de estoque e outras coisas”.