Pais criam grupo para trocar livros escolares e economizam até 50%
Para economizar na compra de livros paradidáticos e dar fim aos materiais antigos que ficam acumulados em casa ao fim do ano letivo, pais criaram um grupo de Whats App onde comercializam ou até mesmo trocam os volumes exigidos pela escola particular onde as crianças estudam. Em alguns casos, eles conseguem adquiri-los pela metade do preço.
A corretora de seguros Roberta Monteiro Xavier, 35 anos, é uma das administradoras. O canal foi aberto na segunda-feira (16) com apenas 20 integrantes e no dia seguinte já tinha quase 200.
“Foi numa proporção tão grande que me assustou aquilo. Hoje tem mães do nono ano oferecendo livros do oitavo. Eu não imaginei que ia tomar essa proporção, que ia crescer rapidamente. O grupo viralizou. Eu vi que havia possibilidade de criar um link. A pessoa entra no grupo sem eu precisar adicionar. Hoje mesmo devem ter entrado umas 30 pessoas”, comenta a mãe.
Segundo ela, alguns pais tinham livros parados há sete anos em casa e como a lista é sempre a mesma, conseguiram vendê-los. “Tem tanto a vantagem financeira, pois é um desconto bom de 50%, quanto o fato de não deixar os livros parados em casa”, explica.
Muitos pais saem do grupo quando conseguem adquirir o que precisavam, mas ainda assim ela pretende manter o canal, pois ele pode ser útil nos próximos anos.
A promotora de eventos Janaina Dotto, 37 anos, também fez parte da criação do grupo e também o administra. “Começou com uma ideia de um grupo pequeno, só de mães interessadas em vender livros do primeiro ano, porque nossos filhos estão no segundo. O negócio viralizou. Hoje tem mais de 150 pais no grupo, sem contar os que já saíram. Teve gente que trocou e a maioria vendeu”, afirma.
Ela diz que também não esperava que a ideia desse tão certo e chegasse até pais de outras turmas e também apoia a manutenção do canal para os próximos anos.
“Não esperava essa repercussão. Nós achamos que ia ficar só na nossa sala, o que foi ótimo, pois várias pessoas conseguiram não só em questão de economia, mas de reciclagem, de reutilização dos livros. De um ano para o outro muda. Você fica com esse livro, vai juntando, cada vez mais livros e mais livros e acaba jogando fora, porque não reaproveita”, pontua.
