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Economia

Para compensar dólar alto, Black Friday aposta em show e descontos

Jéssica Benitez | 16/08/2013 13:40
Eduardo Gaúna, um dos produtores, garante que movimentação finaceira será em todo o Estado (Foto: Marcos Ermínio)
Eduardo Gaúna, um dos produtores, garante que movimentação finaceira será em todo o Estado (Foto: Marcos Ermínio)

Para compensar a alta de 16% no dólar, a organização do Black Friday da Fronteira vai investir pesado em entretenimento. Previsto para os dias 20 e 22 de setembro em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, o evento contará com boate na sexta-feira, show da dupla sertaneja Chrystian e Ralf no sábado e festa porco no rolete no domingo. O intuito é fazer com que o turista vá à fronteira não só para comprar, mas também para descansar e se divertir.

Nos últimos três meses, o dólar comercial acumula alta de 16% no Brasil, de R$ 2,05 para R$ 2,38.

Os valores de cada programa ainda não foram definidos. A precisão é que o ingresso para o show, que ocorrerá no Parque de Exposições da cidade brasileira, seja R$ 20. Além disso, conforme o presidente da Associação dos Comerciantes de Ponta Porã, Eduardo Gaúna, o preço do dólar não terá relevância diante do lançamento de produtos e descontos de até 50%.

“Tem produtos que só serão lançados no Brasil ano que vem, mas que nós já vamos comercializar na Black Friday”, contou. Ao todo estima-se que 500 lojas serão credenciadas para a liquidação, contando Brasil e Paraguai. Na primeira edição, no ano passado, 300 lojistas participaram da promoção.

Ainda em 2012, segundo Eduardo, o evento movimentou R$ 80 milhões. Em 2013 a expectativa é de crescimento de 15% a 20%. “Vale lembrar que a economia do Estado é movimentada como um todo porque as cidades vizinhas ofertam rede hoteleira e em Campo Grande a venda de combustível cresceu 16% na época do evento”, contou.

Na primeira edição mais de 60 mil carros passaram ela fronteira Brasil/Paraguai nos três dias de evento reunindo pouco mais de 130 mil pessoas. Do total, de 50% a 60% eram moradores de Campo Grande e Dourados, as duas maiores cidades do Estado. Para ampliar o número, a divulgação do Black Friday 2013 será feita em grandes capitais como São Paulo (SP), Goiás (GO), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).

O esquema de segurança conta com apoio de policiais de ambos os países. No Brasil, segundo a organização, a PM (Polícia Militar), DOF (Departamento de Operação da Fronteira), PRF (Policial Federal Rodoviária) já se comprometeram em dar suporte nos três dias.

Vendas – A primeira edição do Black Friday da fronteira superou expectativa dos lojistas. A Casa Bahia, por exemplo, tinha a meta de vender R$ 460 mil nos três dias, mas conseguiu superá-la na manhã da sexta-feira. Conforme Eduardo, em 2012, as lojas venderam mais do que na semana antecedente ao natal de 2011.

O presidente da Câmara de Industria e Comércio de Pedro Juan, Pedro Zanchet, esclareceu a diferença entre o Black Friday americano e o que ocorre na fronteira. “Nos EUA eles queimam estoque, são produtos que eles sabem que não vão vender no ano que vem. Nós fazemos o contrário, oferecemos produtos de última geração com descontos”, disse.

Ele alertou também que não há grandes estoques e, portanto, os consumidores que chegarem no primeiro dia conseguirão melhores produtos e preços. “Nosso estoque é renovado semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente”, finalizou.

Planos - Devido ao sucesso do evento o objetivo é mobilizar as maiores cidades de Mato Grosso do Sul para estadualizar a superliquidação. “Queremos que ocorra periodicamente o Black Friday nas maiores cidades do Estado”, explicou Eduardo.

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