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Economia

Para Fiems, juro maior prejudica produção industrial

Redação | 10/06/2010 07:51

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, avalia que o aumento da taxa básica de juro, a Selic, de 9,50% para 10,25% ao ano, pode prejudicar a produção industrial, uma vez que o crédito também fica mais caro.

"Com receio do retorno da inflação, o Governo Federal iniciou um processo que, a médio prazo, pode afetar o crescimento que o setor está registrando nos últimos meses. A dificuldade de se obter crédito faltamente prejudicará o industrial, que terá de reduzir sua produção", analisou.

Para Sérgio Longen, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de aumentar os juros em 0,75 ponto percentual, anunciada ontem, também comprometerá o crescimento da economia estadual e nacional previsto para este ano. "Penso que a União teria outras formas de impedir o retorno da inflação", reforçou, referindo-se ao crescimento de 9% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no primeiro trimestre deste ano e a previsão de o Estado fechar o ano com aumento de 11,04% no PIB Industrial.

Longen ressalta que em março o governo já havia retirado incentivos fiscais criados para amenizar o impacto da crise internacional sobre a economia brasileira. De acordo com a Fiems, estudo da CNI aponta ainda que o aumento do investimento foi mais intenso do que o do consumo para o crescimento da economia no primeiro trimestre e a maturação desses investimentos aumentará a capacidade de produção da indústria, o que reduzirá eventuais pressões inflacionárias no futuro.

"Além disso, a evolução recente dos preços aponta para o arrefecimento da inflação, especialmente dos alimentos, portanto, há espaço para que o ciclo de alta dos juros seja mais curto e de menor intensidade que o inicialmente previsto", informa a Fiems.

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