ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Economia

Participação da mulher no mercado de trabalho atinge 40%

Redação | 08/03/2010 13:42

Em oito anos, entre 2000 e 2008, a participação das mulheres no mercado de trabalho formal em Mato Grosso do Sul passou de 36% para 40%, segundo levantamento realizado pelo Sebrae/MS. O estudo denominado "A Mulher e o Mercado de Trabalho no Mato Grosso do Sul" constatou que a maior variação, de 200%, ocorreu na construção civil e na indústria.

Dos 500 mil empregos formais no Estado, os homens representam 64% dos trabalhadores com carteira assinado. As mulheres somam 198 mil trabalhadoras, sendo a maior parte no setor do comércio varejista de vestuário, acessórios, calçados, padarias, laticínios e mercadorias em geral, hospitais, confecção de peças de vestuário, limpeza de prédios e domílios, buffet e serviço de comida preparada.

Entretanto, ao longo dos anos, os setores que registraram maior variação foram o da construção civil e o da indústria, com mais de 200% de aumento na participação feminina, entre os anos de 2000 e 2008. No comércio, a participação delas dobrou, no setor agropecuário subiu 91,46% e no de serviços 64,16%.

"Se compararmos com a participação masculina no mercado, na indústria, por exemplo, o percentual de homens contratados aumentou bem menos que das mulheres, apenas 83%", afirmou o coordenador da pesquisa, Marcílio Moreira.

O estudo também comparou os anos de 2007 e 2008, com base no CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas). Das 550 atividades que geram emprego em Mato Grosso do Sul, em 342 setores, ou seja, em 62% das funções, houve aumento das mulheres contratadas.

E mesmo quando as portas do mercado de trabalho formal se fecham, de acordo com o levantamento, as mulheres procuram formas para ter seu trabalho.

Dentre os empresários informais 63% são mulheres, acima dos 40 anos, com baixa escolaridade, com dificuldades de acesso ao emprego. "As mulheres estão sempre buscando uma maneira de gerar renda para sua família. Se o emprego formal não vier, ainda assim elas encontrarão alguma atividade que poderão exercer por conta própria", diz.

Se aumentou a inserção das mulheres no mercado de trabalho formal, também cresceu o número de oportunidades de negócios para atender às novas necessidades de quem busca mais tempo para se dedicar ao lar e aos cuidados pessoais, é o que aponta o estudo. "A mulher moderna quer mais momentos para si e para sua família. Então, elas vão buscar empresas que facilitam sua vida", diz Marcílio.

Dentre os principais produtos e serviços procurados pelas trabalhadoras estão as lavanderias, os restaurantes, a comida pré-pronta, serviços de entregas em geral e serviços e produtos que tratam da beleza feminina. Mas, segundo Marcílio, não basta apenas ter o produto ou o serviço.

"As empresas precisam saber comunicar o seu produto para este cliente. Mostrar para elas de que maneira este negócio pode facilitar sua vida e em quais aspectos", afirma.

Nos siga no Google Notícias