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Economia

Preço da cesta básica sobe 4,46% na Capital em abril puxada pelo feijão

Produtos com maior impacto foram o feijão carioquinha (37,73%), pão francês (17,66%), café em pó (9,18%), leite integral (7,65%)

Rosana Siqueira | 11/05/2020 13:30
Feijão teve disparada de valores desde o início da pandemia (Henrique Kawaminami)
Feijão teve disparada de valores desde o início da pandemia (Henrique Kawaminami)

A cesta básica teve alta de 4,46% em abril totalizando o valor de R$ 1.487,07 para alimentar uma família de quatro pessoas em Campo Grande . No ano a alta já chega a 10,13% Os dados são da pesquisa do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Os produtos com maior impacto foram o feijão carioquinha (37,73%), pão francês (17,66%), café em pó (9,18%), leite integral (7,65%), óleo de soja (5,32%), tomate (5,12%), manteiga (4,46%), farinha de trigo (3,94%), açúcar (3,38%), carne bovina de primeira (1,50%) e arroz agulhinha (0,65%).

No movimento contrário a Capital registrou queda em  alimentos como batata (-16,72%) e banana (-11,26%). O levantamento apontou que a jornada necessária para comprar a cesta básica ficou em 104 horas e 22 minutos (aumento de 09 horas e 28 minutos em relação a março), Já o percentual do salário mínimo líquido para compra dos produtos da cesta: 51,28%

Disparada - O levantamento do Dieese apontou que o feijão apresentou alta em todas as capitais pesquisadas e mesmo relativizando a variação, por conta da coleta parcial, os aumentos foram expressivos, indicando que o produto tem sido vendido por maior valor nos supermercados das capitais pesquisadas. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, variou entre 5,59%, em Brasília, e 37,73%, em Campo Grande. Os motivos da escalada do feijão forma a baixa oferta do grão com qualidade e a redução de área plantada devem manter a trajetória de elevação do preço do grão carioca. •

O leite também lidera alta e teve elevação em 15 cidades. Por causa da pandemia, os preços foram coletados majoritariamente em padarias, onde realizar a pesquisa por telefone foi mais fácil e onde o valor de comercialização tende a ser maior do que nos supermercados. A alta registrada, no entanto, tem grande relação com a redução da oferta do produto devido à entressafra e à disputa pela matéria-prima por parte das indústrias de laticínios, o que elevou o preço pago aos produtores de leite e encareceu o derivado UHT nos estabelecimentos comerciais.

O óleo de soja, que já mostrava trajetória de alta, teve o preço médio maior em 14 cidades. Além do grande volume exportado de soja, o óleo degomado vinha sendo usado para a produção de biodiesel, provocando redução da oferta interna. Em abril, a demanda para produção do biocombustível diminuiu bastante devido à pandemia, o que pode se refletir nos valores da lata de óleo de soja nos próximos meses.

A carne bovina de primeira teve o preço majorado em 13 capitais, o que pode ser influenciado, em parte, pela maior facilidade em coletar, por telefone, os valores junto aos açougues. Apesar do final da safra, a demanda externa por carne esteve aquecida e a oferta, menor.

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