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Economia

Prestes a negociar reajuste, donos de postos alertam para alta no combustível

Marta Ferreira | 08/02/2011 15:52
Faixa em posto mostra "promoção" de 2,69 da gasolina.
Faixa em posto mostra "promoção" de 2,69 da gasolina.

O preço dos combutíveis deve subir em Mato Grosso do Sul nos próximos dias. O aviso vem do sindicato que reúne os empresários do setor no Estado.

Hoje, o litro do combustível, em Campo Grande, está em média em R$ 2,59

De acordo com o Sinpetro, os aumentos que podem vir são para cobrir custos que o setor está tendo com reajuste dos salários dos dos funcionários, novas exigências da legislação fiscal, investimentos para adequação dos postos às leis ambientais e aumento das despesas com encargos sociais, entre outras despesas.

“Infelizmente, somos obrigados a absorver esses custos e repassá-los ao preço final dos produtos que comercializamos”, lamenta Mário Shiraishi, presidente do Sinpetro. Segundo ele, “o repasse é conseqüência normal não só no segmento da revenda de combustíveis, mas como também em qualquer outra atividade econômica da iniciativa privada de nosso País”.

De acordo com o que o Sinpetro, a negociação sobre o salários dos trabalhadores, que se inicia neste mês, é um dos temas que está mobilizando os sindicatos patronal e laboral. Os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial em torno de 24%, além de várias outras reivindicações que de forma direta e indireta são sinônimos de custos aos revendedores.

Ainda conforme o sindicato, os salários acumularam reajustes elevados nos últimos 08 (oito) anos, puxados em muito pela acelerada e elevada alta do salário mínino, que também teve aumentos bem acima dos índices medidores de inflação nesse mesmo período. O piso da categoria vem sendo superior ao salário mínimo, mas os empresários não conseguiram ainda repassar integralmente esse acréscimo a seus preços.

Paralelamente, ainda conforme o Sinpetro, o aumento de volume de vendas aconteceu em proporção bem menor ao necessário, o que resultou na queda da rentabilidade, o que coloca em risco a manutenção das empresas nesse ramo de atividade.

Na visão da entidade patronal, os benefícios já existentes para a categoria profissional e previstos em Convenção Coletiva e na legislação trabalhista, acrescidos dos encargos sociais e demais encargos incidentes sobre eles, ao lado do reajuste salarial vindouro, certamente irão provocar impacto sobre os custos dos revendedores para a manutenção e funcionamento dos postos.

Meio ambiente Segundo o presidente do Sindicato, nos últimos anos os empresários foram obrigados a promover altos investimentos a fim de adequar os seus estabelecimentos às exigências da legislação ambiental.

“Tanques em diversas unidades foram trocados, estamos investindo na instalação de caixas coletoras de resíduos e ainda temos que arcar com custos permanentes com o monitoramento da qualidade da água e do solo em nossas unidades”, afirmou Mário Shiraishi.

Com relação à legislação fiscal, ele destacou que os empresários tiveram que investir na instalação de medidores eletrônicos de estoque, trocar impressoras matriciais por equipamentos à laser em função das modernização das ferramentas de controle e acompanhamento da Secretaria de Fazenda, como a nota fiscal eletrônica, bem como na aquisição de outros equipamentos e softwares.

“Os custos estão cada vez mais elevados, o que nos deixa bastante preocupados, já que se torna inevitável repassá-los aos consumidores”, argumentou Mário Shiraishi.

O Sinpetro reafirma a reclamação antiga dos empresários, de que é preciso que o Poder Público se sensibilize no sentido de buscar alternativas que diminuam a carga tributária que em cadeia (federal, estadual e municipal), direta ou indiretamente, incide sobre a atividade dos postos revendedores de combustíveis.

Por conta da elevada tributação no setor, o Sinpetro afirma que em Campo Grande mais de 30 postos foram fechados nos últimos anos. Já no interior do Estado, principalmente na região de fronteira, pelo menos 15% dos revendedores abandonaram o negócio.

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