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Economia

Seca pode reduzir em 28% a produção na safrinha no Estado este ano

Levantamento aponta que estiagem afetará produtividade por hectare no Estado

Rosana Siqueira | 11/05/2020 17:52
Rendimento da safrinha será menor diante da seca (Arquivo)
Rendimento da safrinha será menor diante da seca (Arquivo)

A estiagem poderá reduzir em até 28% a estimativa de produção do milho safrinha em Mato Grosso do Sul onde foram plantados 1,97 milhão de hectares. A estimativa é da consultoria Safras & Mercado que divulgou boletim baixando também a previsão de produção para a segunda safra de milho 2019/20 do Brasil para 69,56 milhões de toneladas, ante 73,8 milhões de toneladas estimados em levantamento anterior, devido à falta de chuvas.

Em relação ao desempenho do ciclo de 2018/19, a nova projeção para a safrinha de milho representa queda de 6,5%.

Com a revisão, a perspectiva de produção total de milho do Brasil nesta temporada também baixou, para 101,5 milhões de toneladas, ante projeção anterior de 105,7 milhões de toneladas.

A perspectiva atual para a produção total do grão também é 5,5% menor que as 107,375 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior.

“Houve um corte significativo em relação à estimativa divulgada em março...por conta da estiagem que trouxe quebras para a safrinha de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo”, disse o consultor da Safras & Mercado Paulo Molinari, em nota.

Segundo ele, a produção do cereal no Paraná deve cair mais de 27% frente ao ano passado, a de Mato Grosso do Sul quase 28% e a de São Paulo acima de 19%. “A queda será compensada pela produção maior em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais”, estimou.

Molinari destacou que houve uma alta de 1,7% na área a ser plantada na safrinha, para 12,460 milhões de hectares ante os 12,257 milhões de hectares da segunda safra 2018/19, mas o recuo na produtividade impediu o avanço da produção.

“A produtividade média tende a ser menor frente aos 6.072 quilos por hectare colhidos no ano passado, ficando em 5.582 quilos por hectare”, afirmou.

O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio Santos, disse à Reuters que a seca foi, de fato, o principal entrave para a safrinha até o momento e que o mercado deve seguir atento às precipitações.

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