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Economia

Sindicato diz que aumento no teto de financiamento estimula habitação

Trabalhadores poderão obter crédito para a compra de casas, apartamentos ou terrenos de até R$ 1,5 milhão

Ricardo Campos Jr. | 03/08/2018 13:43
Sindicato diz que aumento no teto de financiamento estimula habitação

Além de beneficiar a população, as medidas do Governo Federal para facilitar o financiamento de imóveis a partir de 2019 devem ajudar a alavancar o setor em Mato Grosso do Sul, que depois de sofrer com os efeitos da crise teve crescimentos abaixo do esperado.

Trabalhadores poderão obter crédito para a compra de casas, apartamentos ou terrenos de até R$ 1,5 milhão pelo Sistema Brasileiro de Habitação, que permite o uso do FGTS e poupança. A mudança vale a partir de janeiro e até lá, segue em vigor o limite antigo de R$ 800 mil.

Marcos Augusto Netto, presidente do Secovi (Sindicato da Construção Civil do Estado), afirma que a medida atinge principalmente a classe média, já que imóveis mais baratos já contam com o sistema de subsídios do Minha Casa, Minha Vida.

“Isso é positivo porque acaba atingindo uma faixa que não contava com financiamentos”, explica. A mudança, segundo ele, foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional dentro de um pacote de medidas que inclui um bônus para os bancos que concederem créditos para essa categoria, já que as instituições normalmente não têm interesse em empregar seus recursos com ela.

Para Marcos Augusto, é muito importante que o setor imobiliário seja facilitado, “porque ele que faz fluir todo o mercado de imóveis no Brasil, onde ninguém compra a vista. Se você tem dificuldades em obter o financiamento, automaticamente vai ter dificuldades para construir, tudo trava. Essas medidas permitem um maior acesso ao crédito e reflete positivamente no mercado”.

O mercado em Mato Grosso do Sul ainda não se recuperou da crise, conforme o presidente do Secovi. A recessão trouxe números negativos entre 2014 a 2016. Ano passado, houve um crescimento de 1% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).

“Para esse ano, estávamos com previsão de crescimento de 3,5% em relação ao PIB, mas hoje o governo está falando em 1,5%. Não é bom, mas é melhor que andar para trás”, analisa Marcos Augusto.

No país, segundo ele, a queda no setor foi de 5%. “Até agora ainda não houve recuperação. A preocupação do governo foi estimular a construção civil para que volte a ser o carro chefe da economia como sempre foi, gerando emprego e renda”, conclui.

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