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Economia

Trabalhadores de frigoríficos querem reajuste de 15%

Redação | 27/02/2010 16:31

No próximo dia 5 de março acontece reunião para a discussão de propostas da convenção 2010/2011 dos trabalhadores do setor de frigoríficos da base do Sindmassa/MS (Sindicato Intermunicipal dos Empregados Vinculados nas Indústrias de Fabricação de Massa Alimentícias, Biscoitos, Macarrão, Panificação, Confeitaria, Laticínios, Frigoríficos Abatedores de Bovinos, Suínos, Levinos, Aves, Carnes e Produtos Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul). Eles querem reposição de 15% linear, com elevações de salário em torno de R$ 750.

Atualmente, o piso salarial para a categoria atinge R$ 510, que foi acordado na última convenção da coletiva, equiparando-se assim ao salário mínimo. O aumento real foi de apenas 1,09%.

A proposta de piso foi referendada em cinco assembleias, realizadas em Rochedo, Coxim, Itaquiraí, Iguatemi e Porto Murtinho, em dezembro do ano passado, com a presença de 2,3% dos presentes, obedecendo a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Para a convenção deste ano, a minuta está em apreciação pelo Sicadems (Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de MS) e deverá ser avaliada na reunião de março.

Na opinião do secretário do Sindmassa/MS, Fábio Alex Salomão, as indústrias do setor têm as condições objetivas para conceder um reajuste que compense perdas acumuladas nos últimos anos.

Ele informa que a maioria da empresas que atuam em Mato Grosso do Sul apresentaram aumento nos lucros, constatados pelo crescimento nos abates, aberturas de novos mercados externos como o chinês, aquecimento do consumo interno de carnes, erradicação da febre aftosa, redução de carga tributária pelo governo federal e do ICMS pelo governo do estado, entre outros.

"Só o Friboi apresentou um crescimento do lucro real de 114% no ano passado, conforme estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) ", explica o sindicalista.

Além do salário normativo no valor de R$ 750, os trabalhadores incluíram na minuta a negociação o PLR (Participação no Lucro e Resultados) ou multa de R$ 350 em caso de descumprimento, aumento de itens na cesta básica, redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, fim do trabalho aos sábados, entre outros fatores.

Já que o sindicato patronal propôs apenas a reposição da inflação 4,63% na realização sindical com as indústrias da base de Campo Grande, Salomão prevê o endurecimento na negociação.

Caso as negociações não contemplem aumento real de salário, a direção do Sindmassa/MS deverá encaminhar a demanda judicial junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e ao STT (Superior Tribunal do Trabalho).

A proposta da convenção pode ser conferida aqui.

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