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Economia

Transportes e alimentos impulsionam custo de vida em Campo Grande

Osvaldo Júnior | 10/10/2017 14:25
Gasolina foi o maior impulsionar da alta dos transportes (Foto: Agência Petrobras)
Gasolina foi o maior impulsionar da alta dos transportes (Foto: Agência Petrobras)

O custo de vida ficou mais pesado no mês passado na Capital. A inflação, medida pelo IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), foi de 0,33% em setembro, mais que o dobro da variação de agosto, de 0,15%. É a segunda alta consecutiva e o avanço foi impulsionado, sobretudo, pelo transporte e alimentação.

O IPC/CG foi divulgado na tarde desta terça-feira (dia 10) pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. O índice de setembro é o segundo maior deste ano, superado apenas pelo de janeiro (0,43%), e está acima do IPC de igual mês do ano passado (0,26%).

A alta foi impulsionada, sobretudo, pelos grupos de transporte (1,14%) e alimentação (0,67%). Os índices dos demais segmentos foram os seguintes: despesas pessoais (0,66%), habitação (0,08%), saúde (0,03%), educação (-0,10%) e vestuário (-0,71%).

O aumento da inflação dos transportes tem peso significativo no orçamento das famílias. A participação desse grupo (14,9%) no cálculo do IPC/CG é o terceiro maior, abaixo apenas do da alimentação (20,5%) e habitação (32,25%).

A gasolina foi a vilã da inflação do grupo transportes em setembro. O combustível encareceu 3,41%. As altas dos preços da tarifa do ônibus interestadual (3,34%) e do diesel (2,29%) também impulsionaram a disparada inflacionária dos transportes.

No grupo alimentação, os produtos que tiveram os maiores incrementos nos preços foram o chuchu (84,43%), mamão (30,62%), maracujá (23,61%), limão (22,72%), pepino (18,43%).

Considerando o peso no orçamento, os itens que mais contribuíram para o avanço da inflação foram estes: alcatra (12,54%), gasolina (3,41%), costela (15,19%), diesel (2,29%), manicure e pedicure (8,01%) e sabão em pó (2,87%).

Acumulados – Mesmo com o avanço dos preços em setembro, a inflação em Campo Grande ainda está sob controle na avaliação de Celso Correia de Souza, coordenador do Nepes/Uniderp. "Apesar da alta em setembro, a inflação ainda permanece controlada, pois na análise da inflação acumulada as taxas estão bem abaixo da meta inflacionária fixada pelo governo ", comenta.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 2,43%, índice abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. No período, a maior taxa em relação aos grupos é do Vestuário, com 11,40%; seguido de Transportes e Habitação, com 5,44% e 3,98%, respectivamente.

No acumulado do ano, ou seja, em nove meses, a inflação registrada subiu para 1,50%, taxa ainda baixa quando comparada com anos anteriores. As maiores inflações no período foram com Vestuário, 6,23%; Transportes, 3,97%; e Habitação, 3,17%.

IPCA – A inflação medida pelo IPC/CG em setembro foi a mesma mensurada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), conforme divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (dia 6). O índice, de 0,33%, é o segundo maior do País e o dobro da média nacional (0,16%).

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