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Economia

Última empresa reduz valor e placas Mercosul agora saem a partir de R$ 258

Íons fechou acordo para vender o par por R$ 258, mas Procon quer que empresas reduzam valores para R$ 220

Izabela Sanchez | 10/02/2020 10:14
Mudanças abrangem todos os simbolos e incluem QR Code nas placas (Foto: Marcos Maluf)
Mudanças abrangem todos os simbolos e incluem QR Code nas placas (Foto: Marcos Maluf)

As 4 empresas estampadoras que emplacam veículos com as novas regras da Placa Mercosul já fecharam acordo com o Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) para redução de preços. Agora, após segunda reunião com a Superintendência, o menor valor pode ser encontrado na Íons, que vende a unidade por R$ 129.

Foram duas reduções seguidas nesta empresa. Do primeiro valor divulgado, R$ 145, o valor da unidade foi reduzido para R$ 133 e após reunião com o Procon no domingo (9), nesta segunda-feira (10) a unidade já sai por R$ 129 e o par por R$ 258, em Campo Grande.

Para o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, que destaca a redução, o objetivo é que o valor do par para todas as empresas alcance valor abaixo dos R$ 220. “Desde que nós começamos essa briga, nós temos conversado com todas, vai vencer nosso prazo de investigação coletiva na quinta-feira (13)”, comentou.

“É possível baixar mais, aquecemos [o mercado], mas vamos continuar insistindo para que chegue abaixo de R$ 220 o par. O preço mais barato vai forçar as outras a baixarem. Posso garantir que o Procon não vai baixar a guarda”, emendou.

Confira os valores atualizados de todas as empresas:

Valores estão atualizados em todas as cidades onde empresas emplacam veículos (Infográfico: Ricardo Gael/Campo Grande News)
Valores estão atualizados em todas as cidades onde empresas emplacam veículos (Infográfico: Ricardo Gael/Campo Grande News)

Outras empresas também reduziram o preço do emplacamento. A GR, em Campo Grande, agora vende o par por R$ 266 e a unidade, por R$ 133. A Placar, que tem 3 unidades no Estado, também baixou os valores. A filial de Campo Grande, FS Placas, comercializa por R$ 266 o par e R$ 133 a unidade.

Em Campo Grande, a MS Placas atualizou o valor de R$ 140 a unidade para R$ 132,50. O par sai por R$ 265 e o valor do emplacamento para motocicletas, por R$ 135.

Interior – Duas das empresas também atuam em cidades do interior. Em Dourados, a 233 km de Campo Grande, o par pela GR é vendido por R$ 270 e a unidade, R$ 135, mesmo valor comercializado pela Placar, que em Dourados tem o nome de FR Placas.

Em Três Lagoas, as duas empresas aplicam o mesmo valor de Dourados e em Ponta Porã, quem atua é a GR, que também cobra R$ 135 a unidade e R$ 270 o par.

Placa Mercosul – Por acordo entre os países do bloco em 2010 – mas que levou anos para entrar em prática – as placas de todos os países membros (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) serão atualizadas e incluem, entre as mudanças, a presença de QR code para rastreio.

Máquina que realiza as alterações nas placas (Foto: Marcos Maluf)
Máquina que realiza as alterações nas placas (Foto: Marcos Maluf)

Em Mato Grosso do Sul, a nova regra passou a valer no dia 3 de fevereiro. As placas Mercosul serão obrigatórias para veículos novos, transferência de propriedade de outros estados ou municípios, veículos com mudança de categoria (particular, aluguel ou oficial), em caso de furto, roubo da placa antiga ou se estiver danificada, violada ou com danos no lacre e tarjeta.

As regras seguem resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). O Conselho determina que a sequência de identificação veicular será de 3 letras, 1 número, 1 letra e 2 números. O nome do país, conforme acordo firmado pelos países do Mercosul, estará na barra azul, no espaço superior.

As cores variam conforme tipo de veículo: particular (borda e letra pretas), comercial (vermelha), especial (verde) e colecionador (prateada). As medidas são as mesmas 40 x 13 para carro e 20 x 20 para motos

O valor cobrado em Mato Grosso do Sul foi considerado alto pelos empresários do setor ouvidos pelo Campo Grande News nos estados do Espírito Santo e Paraná, unânimes em dizer que a tendência será de queda, em razão da entrada de outras estampadoras no mercado. Porém, dizem que é impossível se cobrar menos de R$ 100 pelas placas, justamente pelos tributos e custos.

Segundo o superintende do Procon em Mato Grosso do Sul, Marcelo Salomão, o preço mais baixo em Estados como Paraná e São Paulo ocorrem porque começaram a aplicar a nova regra antes de Mato Grosso do Sul. Ele acredita que com o tempo, o mercado “aqueça” e os valores fiquem ainda mais baixos.

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