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Economia

Usinas de Ivinhema e Angélica vão receber R$ 445 milhões em investimentos

Recursos virão da emissão de títulos no mercado da Adecoagro aprovadas pelo MInistério das Minas e Energia

Rosana Siqueira | 11/12/2019 13:44
Adecoagro poderá emitir títulos para captar recursos para investir em canaviais (Arquivo)
Adecoagro poderá emitir títulos para captar recursos para investir em canaviais (Arquivo)

O grupo Adecoagro, dono das usinas de etanol de Angélica e Ivinhema, fará investimentos de R$ 445 milhões em Mato Grosso do Sul. O projeto envolve a ampliação, manutenção e recuperação da produção de cana-de-açúcar destinada às unidades localizadas em lvinhema e Angélica, ambas no Mato Grosso do Sul. Além delas, a Adecoagro também controla uma usina em Monte Belo (MG).

Portaria publicada nesta semana, no Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou a prioridade dada ao projeto de investimentos do grupo Adecoagro. A medida é necessária para que a companhia possa fazer a emissão de debêntures incentivadas ou os chamados Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

Segundo o texto assinado pela secretária de petróleo, gás natural e biocombustíveis do MME, Renata Beckert Isfer, a ampliação do canavial totaliza 14,37 mil hectares. Além disso, o projeto trata da renovação da soqueira em 12,59 mil hectares e da realização de trato cultural em 105,45 mil hectares. No total, 132,41 mil hectares foram afetados pelo projeto, que tem previsão de conclusão em 31 de dezembro deste ano.

Conforme as regras estabelecidas, o ministério considerará que o projeto não foi implantado se houver um atraso na implantação superior a 50% do prazo. Ou seja, considerando que a aprovação é datada de ontem e o prazo estabelecido é no final do ano, a Adecoagro precisaria concluir o projeto até, no máximo, dia 14 de janeiro de 2020.

A informação sobre projetos que não forem terminados, por sua vez, ficará a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Juntas, as usinas em lvinhema e Angélica têm capacidade para moer até 13 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Além disso, possuem autorização para fabricar, diariamente, 1,2 milhão de litros de etanol anidro e 2,8 milhões de litros de hidratado.

ConfirmadosOs investimentos foram confirmados pelo secretário de Estado de Produção Jaime Verruck, que destaca que o uso de CRAs para captação e recursos via mercado vem crescendo no agronegócio. Ele explica que as debêntures são uma opção que as pessoas físicas têm de investir em empresas, uma vez que ao comprar um deles, na prática, você empresta recursos para uma companhia que vai lhe devolver o montante principal acrescido de juros.

“Eles lançaram debêntures (CRAs) e eles precisam autorização do Ministério de Minas e Energia. Fizeram isso também com a cogeração de energia de biomassa e obteram autorização para emitir debentures na MP de biocombustível lançada no mercado. A operação, segundo o secretário é um excelente meio para se conseguir financiamento.

Verruck frisa que a notícia é excelente para o Estado já que vão recuperar canaviais e ampliar a área. “Hoje a Adecoagro opera com capacidade ociosa nas duas usinas, que juntas tem capacidade de produção de 13 milhões de toneladas, e estão moendo apenas 11 milhões de toneladas. Com a renovação dos canaviais poderá ser ampliada a produção, além da geração de energia e produtividade da cana”, comemorou o secretário.

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