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Economia

Vale quer incentivo do governo para continuar atuando no Estado

Priscilla Peres e Leonardo Rocha | 15/08/2016 14:08
Secretário de Estado falou sobre a reunião com a Vale hoje. (Foto: Alcides Neto)
Secretário de Estado falou sobre a reunião com a Vale hoje. (Foto: Alcides Neto)

O preço do minério de ferro despencou nos últimos anos, pressionando os custos de produção e lucro das mineradoras. Em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, a Vale atua com 40% a menos que no ano passado, e quer ajuda do poder público para continuar no Estado.

A diretoria da empresa se reuniu com as prefeituras de Corumbá e Ladário e, na semana passada, apresentou o projeto ao governo do Estado a a Fiems (Federação da Indústria de MS). A proposta deles é para melhorar a competitividade, principalmente com a redução dos custos de produção.

O prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PDT), afirma que o setor é muito importante não só para o município, como para todo o Estado, pois contribui para a geração de empregos e a balança comercial estadual. Ele afirma que tem conversado com a direção da Vale e participou na elaboração do projeto encaminhado ao Estado.

"Temos o melhor minério de ferro, mas precisamos ser mais competitivos e é aí que entra a logística, como ferrovias e hidrovias. Eles querem ajuda para melhorar o ambiente externo para que então, eles possam rapidamente, produzir mais", explicou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.

Ainda de acordo com o secretário, hoje a Vale produz 2,5 milhões de toneladas, mas tem capacidade para chegar a 5 milhões de toneladas. "Mas, para isso eles precisam dessas melhorias e apresentaram um trabalho muito bem feito e detalhado, mostrando quais pontos eles precisam de apoio, tanto da Fiems quanto do governo", diz Jaime.

Diante do projeto e da informação de que a Vale compra uma grande quantia de produtos de fora do Estado, o governo do Estado vai auxiliar em algumas ações. Segundo Jaime Verruck, a primeira é apoiar por meio de um programa, a aquisição de produtos de empresas estaduais, diminuindo o custo de transporte.

Em relação a logística, o secretário afirma que o governo trabalha para tentar reativar a ferrovia, mas sem grandes avanços. Por outro lado, a hidrovia pode se tornar uma opção mais viável, já que o Paraguai tem se posicionado favorável a isso.

"Em resumo, a Vale quer reduzir seu custo com logística, para que eles possam retomar a produção de antes, com melhoria na parte externa, mas não vieram propor investimentos", destaca o secretário.

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