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Economia

Viagens áereas em tempo de covid vão exigir mais planejamento do consumidor

Temor com a covid reduziu demanda e empresas fazem promoções para alguns voos a partir de junho mas dependendo do dia não compensa

Rosana Siqueira | 28/05/2020 16:36
Movimento no aeroporto teve redução drástica desde março na Capital (Henrique Kawaminami)
Movimento no aeroporto teve redução drástica desde março na Capital (Henrique Kawaminami)

As viagens aéreas pós quarentena em tempos de covid-19 vão exigir ainda mais planejamento do consumidor. Seja nos cuidados com a saúde como também com os preços. Apesar do trade turístico afirmar que a pandemia do coronavírus derrubou os valores de passagens aéreas em diversas rotas domésticas, dependendo do dia escolhido para viaja, esta queda não está sendo notada no bolso.

Pesquisa do Campo Grande News sobre preços de passagem saindo de Campo Grande para São Paulo em Guarulhos em julho apontou valores que variam de R$ 387 na Azul a R$ 793,33 dependendo do dia sem bagagem extra (apenas de mão). Já na Gol os preços encontrados hoje variavam de R$ 382,06 no dia 8 de julho (ida e volta) a R$ 438,65 no dia 09 de Julho.

No entanto em relaçao aos custos praticados em 2019, como em novembro, por exemplo, quando uma passagem (ida e volta) saiu em média a R$ 385, a diferença não é tão expressiva. Em junho do ano passado por exemplo o valor saia em média a R$ 408 (ida e volta),

Para agosto os custos das tarifas aéreas encontradas foram um pouco menores que de julho. Uma passagem saindo no dia 03 de agosto da Gol por exemplo foi encontrada por R$ 346,85 (ida e volta) com a volta para o dia 07. Na Azul os preços por exemplo, na mesma data, já subiram para R$ 699 em média. A variação pode ser creditada ao fato do horáiro dos voos e as escalas..

Promoções - Com a queda da demanda e os diversos cancelamentos de voos, as companhias aéreas têm feito promoções agressivas para vendas de passagens como forma de tentar aumentar o caixa das empresas.

No Aeroporto Internacional de Campo Grande apenas a Gol e a Azul mantiveram alguns poucos voos diários. A Latam está parada e só volta em julho. No site da Azul também só é possível programar sua viagem com preços mais interessantes a partir do dia 2 de julho. Antes disso não aparecem voos disponíveis pela companhia saindo e Campo Grande para São Paulo.

Mas o consumidor deve acompanhar esta disponibilidade diariamente no site das empresas. Em um momento no qual os passageiros estão receosos em viajar, as promoções podem ser uma boa oportunidade para planejar uma viagem para quando a crise do coronavírus passar.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), regional MS, Ney Gonçalves, para os meses de julho e agosto, as passagens estão com valores promocionais e até mais baratas que o mesmo período do ano passado. Mas tudo depende de uma pesquisa mais acirrada e prazo maior de compra. "Por exemplo os preços variam. Se você entrar de madrugda vaiecontrar preços bem mais acessíveis do que durante o dia", sinalizou.

Ele ressalta que, no momento, o setor está com faturamento zero. As agências estão sem movimento com exceção de alguns pedidos de orçamento para setembro. “Estamos com faturamento zero há 3 meses. Sem nenhuma entrada de dinheiro. O setor foi o primeiro a ser afetado e será o ultimo a ser retomado” lamentou.

A previsão é de que a crise possa fechar de 15% a 20% dos estabelecimentos do trade turístico no Estado.”Acreditamos que a situação provocará fechamento em média de 15% a 20% das empresas no setor como um todo”, admitiu.

Retomada – Mesmo com um cenário indefinido, o presidente da Abav destaca que o setor enfrenta uma forte queda no fluxo de viagens mas prevê uma retomada a partir do meio do ano. “A gente acredita que o turismo vai voltar, inicialmente com fluxo maior entre os municípios. As pessoas devem viajar mais de carro neste primeiro momento, mas tem pessoas que preferem se deslocar por avião. Por isso eu acredito que o setor de turismo aos poucos vai sendo retomado, mesmo sendo a última entre as atividades econômicas”, concluiu.

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