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Economia

Você acha que está exagerando na "birita"? Saiba que as vendas caíram 15% em MS

Supermercados e bares registraram queda nas vendas de bebidas álcoolicas no período de isolamento social no Estado

Rosana Siqueira | 07/04/2020 13:24
Venda de bebidas alcoolicas caiu até 15% nos estabelecimentos (Rosana Siqueira)
Venda de bebidas alcoolicas caiu até 15% nos estabelecimentos (Rosana Siqueira)

Para quem acha que anda bebendo demais em casa, por conta do isolamento imposto pela pandemia de coronavírus, os dados do mercado mostram outra realidade. O fim das aglomerações também reduziu o consumo de bebidas alcoolicas em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Associação Sul-Matogrossense de Supermercados (Amas) as vendas caíram 15% no setor de biritas e o de refrigerantes mantém a estabilidade. Isso desde o início do período de quarentena.

O faturamento com as vendas de bebidas alcoólicas tombou 52% entre os dias 15 e 31 de março, segundo dados da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), período em que diversas cidades e estados adotaram o distanciamento social, que inclui o fechamento de restaurantes, bares e baladas.

O desempenho do setor nessas duas semanas está em linha com as perspectivas traçadas por Cristiane Foja, presidente executiva da Abrabe , em que prevê perda de metade do faturamento pelo setor nos próximos quatro meses.

 A estimativa de perdas da executiva é "conservadora". "Até os bares voltarem a operar normalmente, fazer pedidos, deve levar de dois a três meses [após o fim da quarentena para a normalização]", conta.

De acordo com Cristiane Foja, mais de 60% de algumas linhas de produção das fábricas já estão paralisadas.

A associação representa 36 empresas, entre elas estão Amázzoni Gin, Bacardi, Campari, Diageo (dona das marcas Ypióca, Smirnoff, Johnny Walker, Ciroc, Tanqueray), Salton e as cervejarias Heineken, Proibida, Estrella Galicia, Ashby, Malta e Saint Bier.

São 31% de pequenas empresas, 38% médias e 31% grandes companhias e até multinacionais, que representam cerca de 30% do mercado de bebidas alcoólicas o Brasil. Vale frisar que uma das gigantes do segmento, a Ambev, não faz parte da Abrabe.

Cervejeiros - O resultado vai na contramão da pesquisa do IBGE que na última Pesquisa do Orçamento Familiar apontou que dentro do grupo Bebidas e infusões, as Bebidas alcoólicas, em MS, tiveram aumento de 23,10%, com destaque para a Cerveja com saldo positivo de 27,24% no ano de 2018.

Já o consumo de Bebidas não-alcoólicas no estado vai na direção oposta a lógica nacional, com o decréscimo no consumo em 16,33%. No grupo de Bebidas não alcoólicas, tem havido uma diminuição no consumo de Refrigerantes. Tira-se como exemplo os Refrigerantes de cola, o mais popular entre eles, cujo consumo caiu 30,94%. Na direção oposta estão a Água mineral e o Suco de fruta envasado, com aumento de 23,94% e 63,96% respectivamente.

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