Falta de documentos e erro no local eliminam estudantes do vestibular
Edital previa que identificar o local da prova era dever do candidato e que não aceitava documentos digitais

Trocar o documento físico pelo digital ou errar o prédio da prova foi suficiente para impedir que alguns estudantes realizassem o Passe (Programa de Avaliação Seriada Seletiva) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) neste domingo (14), em Campo Grande. Ao todo, mais de 18 mil candidatos fazem a 1ª, 2ª e 3ª etapas do programa em 11 municípios de Mato Grosso do Sul, com início às 8h.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Candidatos foram impedidos de realizar o Passe (Programa de Avaliação Seriada Seletiva) da UFMS neste domingo (14) por apresentarem apenas documento digital ou comparecerem ao local errado. Mais de 18 mil estudantes participaram das três etapas do programa em 11 municípios de Mato Grosso do Sul. A universidade reforça que todas as orientações constam em edital, incluindo a exigência de documento físico por questões de segurança, já que dispositivos eletrônicos são proibidos durante a prova. A instituição afirma que avalia constantemente os processos seletivos para melhorias futuras.
Entre as candidatas que não conseguiram fazer a prova está Emanuele Alves, de 15 anos, estudante do primeiro ano do ensino médio. Ela chegou ao local, mas foi impedida de entrar por portar apenas o documento digital, o que é impedido pelo edital.
- Leia Também
- Mais de 18 mil estudantes encaram o último processo seletivo de 2025 da UFMS
- UFMS abre seleção para transferidos, estrangeiros e diplomados
“Eu esqueci o documento físico e eles não aceitaram o digital. Fiquei um pouco decepcionada, eu tinha que ter olhado isso direitinho. Achei que poderia usar o digital, mas não deu”, contou Emanuele.

Apesar do contratempo, Emanuele diz que pretende continuar tentando. “As outras fases também importam e têm mais peso”, comenta. A estudante afirma que ainda está decidindo qual curso pretende seguir, mas tem interesse em Direito. “Gosto bastante de humanas, principalmente português”, diz.
Situação semelhante viveu a estudante Lorrayne Dutra, também de 15 anos, que participaria da primeira fase e considera esta sua estreia em vestibulares. Nervosa desde a chegada, ela relata que perdeu a prova após confundir o local indicado com o da amiga. Ela concorreria a uma vaga no curso de Direito.
A candidata foi acompanhada pela mãe, Francielle Carina Dutra, de 35 anos, que relatou como o erro aconteceu ainda no trajeto. “Ela tirou um print com o endereço dela e o da amiga. Quando fomos pedir informação, mostrou o print da amiga sem perceber. O funcionário indicou que era no Multiuso e nós viemos”, explicou.

Ao chegar à sala, o nome da estudante não constava na lista. “Foi quando ela disse: ‘mãe, eu mostrei a foto da minha amiga’. Aí vimos que era em outro prédio e, infelizmente, perdemos”, relatou Francielle. O local correto, segundo a mãe, ficava no início do campus, próximo à Reitoria.
Mesmo assim, a família tentou amenizar a frustração. “Ano que vem tem mais. Acontece, ainda mais sendo o primeiro vestibular”, disse a mãe da estudante.

Além dos que perderam a prova, houve quem enfrentasse dificuldades para encontrar o local, mas conseguiu chegar a tempo. Foi o caso de Emily Beatriz da Silva Eloi, de 17 anos, que presta o Passe com o objetivo de cursar arquitetura.
Ela contou que era a primeira vez no campus da UFMS e não soube identificar o seu bloco logo de início, que era o prédio Multiuso. “Acho que deveria ter uma pessoa perto de cada placa. Eu achei que era ali porque estava marcando 15. O meu era 18, aí fui seguindo e a numeração foi diminuindo. Depois percebi que tinha me perdido”, relatou. Apesar da confusão, Emily conseguiu se orientar antes do fechamento dos portões.
Orientações - De acordo com o diretor de Planejamento e Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação da UFMS, Dionísio Machado Leite Filho, todas as orientações constam em edital e são reforçadas pela universidade antes da aplicação.
“A UFMS faz campanhas nas semanas que antecedem a prova, alertando sobre a necessidade de chegar com antecedência, por causa do trânsito e do grande fluxo, além de trazer documento de identificação e caneta”, afirmou Dionísio.
Em relação às reclamações de candidatos que levaram apenas documento digital, Dionísio explicou que a exigência do documento físico está relacionada às regras de segurança da prova. “Não é permitida a presença de dispositivos eletrônicos na sala. Quando o candidato entra, ele deposita o aparelho, então não tem acesso a ele”, explicou.
Ainda assim, ele reconheceu que a situação exige atenção dos candidatos. “Isso também passa por conscientização, por se programar para fazer as avaliações”, disse o diretor de Planejamento e Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação da universidade.
Segundo o diretor, a universidade avalia constantemente os desafios do processo seletivo. “Dentro da legislação e das boas práticas, a gente vai buscar o que pode ser feito para melhorar e evitar que esse tipo de situação se repita nos próximos eventos”, afirmou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

