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Educação e Tecnologia

Pegadinhas e sistema de correção dificultam provas, afirmam candidatos

Concorrentes alegam que que sistema de correção atrai 50% da preocupação com a prova. 'Para cada questão errada, um acerto também é anulado'

Mirian Machado | 03/02/2019 17:51
Candidatos afirmaram que estava bastante organizado e havia uso do detector de metais para entrar e sair das salas (Foto: Mirian Machado)
Candidatos afirmaram que estava bastante organizado e havia uso do detector de metais para entrar e sair das salas (Foto: Mirian Machado)

Candidatos que prestaram o concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal) neste domingo (3) no campus da Uniderp, em Campo Grande, relatam dificuldade nas questões na saída dos exames e temores quanto ao critério de correção a ser adotado. As provas tiveram seu encerramento previsto para as 17h30 (de MS).

Em geral, os candidatos reclamaram das famosas pegadinhas. Edivania Lopes, 21 anos, veio de Rio Brilhante, a 163 km da Capital, e contou que a prova estava muito difícil. As questões tinham como alternativas indicar a resposta certa ou errada. “Tinha muita lei, muito artigo. Para quem é da área de Direito, por exemplo, deve ter se dado melhor”, explica. Ela é professora da Educação Infantil e fez a prova para ter aprendizado e ver como era, a fim de se preparar para outros exames.

Concurso federal é complicado e precisa de um nível muito alto de concentração. É o que explica Murilo Arima, de 24 anos. Ele é do bairro Aero Rancho, em Campo Grande, e disse que o maior complicador é a forma com que a banca “fiscaliza” as questões. “A Cespe é complicada. Se você erra uma, ela elimina uma certa também, mas não tem como a gente escolher né”, afirma.

Ele conta que a disciplina de Direito Administrativo é a que mais teve dificuldade. “Eu estudei pouco esse é o primeiro concurso que faço e realmente não tive mais tempo para estudar”, confessa. Ele ainda comenta a alta disputa que tem o concurso, com 320 concorrentes por vaga aqui no Estado. “A escassez do desemprego faz com que os concursos sejam uma saída, além, claro da estabilidade e do salário”, conclui.

Para Renato Bonilha, de 27 anos, que está desempregado, o concurso seria mesmo uma saída. Para ele, a estabilidade é o que mais chamou atenção, mas reclama serem poucas vagas disponíveis para o Estado. Ele ainda conta que não achou tão difícil as questões, mas confessa a dificuldade em Português. “Cai bastante coisa, teve pegadinha e até redação sobre Infração de trânsito, mas eu estudei pouco também, cerca de dois meses”, conta.

Segurança – Candidatos afirmaram que para entrar em cada sala era feita uma vistoria com detector de metais. O mesmo acontecia após o candidato sair e voltar do banheiro.

Os concorrentes que saíram antes de completar quatro horas de prova não puderem levar o caderno de questões para casa. A concorrência é tão grande que no Estado teve mais de 11 mil inscritos para as 35 vagas, média de 320 candidatos por vaga. Em todo o país, serão 500 novos PRFs contratados via concurso.

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