Projeto Carreta Digital certifica 2 mil alunos em Campo Grande
Projeto nacional leva um caminhão adaptado com equipamentos de informática para escolas

Para inclusão digital e capacitação básica em tecnologia para estudantes da rede pública, o projeto Carreta Digital já certificou pouco mais de dois mil alunos em Campo Grande. A meta local é alcançar três mil até dezembro deste ano. A iniciativa é executada pela Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação, em parceria com o Ministério das Comunicações e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
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O projeto leva um caminhão adaptado com equipamentos de informática para escolas municipais, onde os alunos participam de cursos rápidos com duração de até 10 horas. As atividades incluem introdução à robótica, montagem de computadores, manutenção de celulares e noções básicas de programação. Até o momento, a carreta passou por quatro instituições da Capital. A próxima parada será na Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, em julho.
Apesar do número de certificados emitidos, ainda não há informações consolidadas sobre os resultados práticos da ação. Não foram divulgados dados sobre o impacto no desempenho escolar, continuidade dos estudos em áreas técnicas ou ingresso dos alunos no mercado de trabalho. Também não há informações públicas sobre a metodologia de avaliação dos cursos nem sobre a permanência dos conhecimentos adquiridos após o fim das oficinas.
O projeto é nacional e está presente em seis unidades da federação, incluindo Mato Grosso do Sul, onde o número total de alunos certificados ultrapassa sete mil. A meta é chegar a 15 mil estudantes atendidos até o final de 2024. Os cursos são realizados em escolas de regiões consideradas vulneráveis, mas não há critérios transparentes de seleção dos participantes ou divulgação sobre o perfil social e econômico dos jovens atendidos.
Mesmo com estrutura móvel e cronograma de expansão, o projeto apresenta limitações relacionadas à curta duração dos cursos, à ausência de acompanhamento após a certificação e à falta de integração com políticas educacionais mais amplas. O caráter itinerante também dificulta a continuidade das ações e o aprofundamento do conteúdo oferecido aos alunos.
A execução segue até o fim do ano em Campo Grande.