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Educação e Tecnologia

UFMS é única do Estado em ranking das melhores universidades do mundo

Instituição está entre as 46 brasileiras no Times Higher Education, que avaliou mais de 1,3 mil universidades do mundo

Humberto Marques | 11/09/2019 16:06
Entrada do campus da UFMS em Campo Grande; instituição apareceu em lista das melhores universidades do mundo elaborado neste ano. (Foto: Arquivo)
Entrada do campus da UFMS em Campo Grande; instituição apareceu em lista das melhores universidades do mundo elaborado neste ano. (Foto: Arquivo)

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) entrou no Times Higher Education, um dos principais rankings universitários internacionais, figurando entre aquelas consideradas as melhores do mundo. O estudo, com base de dados em março de 2019, cita 46 universidades brasileiras –11 a mais que em 2018. A UFMS é a única do Estado a entrar na relação.

Conhecido como THE, o estudo divide as instituições de ensino por escalas. O ranking vai até a 200ª melhor instituição de ensino, com as demais agrupadas em listas (da 215ª a 300ª, 400ª a 600ª, 801ª a milésima e acima da 1.001ª posição – relação na qual figura a UFMS, ao lado das universidades federais do Paraná, Pernambuco, Santa Maria (RS), Ceará e Goiás, entre outras, PUC do Paraná.

Na cabeça da lista, aparecem instituições de ensino tradicionais do exterior, principalmente dos Estados Unidos e Reino Unido: University of Oxford (Inglaterra), California Institute Of Technology (EUA), University of Cambridge (Inglaterra), Stanford (EUA), MIT (Massachusetts Institute of Technology, EUA), Princeton (EUA), Harvard (EUA), Yale (EUA), University of Chicago (EUA) e o Imperial College London (Inglaterra) são as dez principais.

Já entre as universidades brasileiras, a USP (Universidade de São Paulo) segue como a melhor do país e da América Latina, entre a 215ª e a 300ª posição, a mesma obtida em 2018. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas-SP) é a segunda colocada, mas caiu no ranking: do 401ª a 500ª posição, figura agora entre a 501ª e a 600ª.

Cinco universidades aparecem entre a 601ª e a 800ª colocação: UFMG (Federal de Minas Gerais), UFRGS (Federal do Rio Grande do Sul), UFSC (Federal de Santa Catarina), Federal de São Paulo e PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). O quantitativo é o mesmo daquelas que se posicionaram entre 801º e 1.000º lugar – UnB (Universidade de Brasília), Universidade Federal de Pelotas, UFRJ (Federal do Rio de Janeiro), PUC-RS e Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Sétimo – Com o número de instituições inseridas no ranking, o Brasil superou Itália e Espanha e, de nono, agora é o sétimo país em universidades citadas no THE. Foram avaliadas mais de 1.300 universidades de 92 países. As 11 instituições brasileiras que integram o ranking aparecem acima da milésima posição.

O ranking é elaborado a partir de 13 indicadores, que incluem o ensino, pesquisa, citações em revistas científicas, registros de patentes e internacionalização. Ellie Bothwell, editora do THE, considerou uma "conquista" o aumento de instituições brasileiras na lista, porém, lamentou que os novos registros estejam abaixo do top-1000, questionando ainda pontos como financiamento e falta de estratégia de ensino superior no país diante da competitividade global –ela ainda destacou a evolução dos países asiáticos, sobretudo a China, no levantamento.

A coleta de dados antecedeu o contingenciamento de recursos decretado pelo governo federal neste ano, que, apenas na UFMS, resultou em um enxugamento de R$ 29,7 milhões, ou mais de 50% das despesas discricionárias (não obrigatórias, mas essenciais para bancar o custeio e outras despesas). O governo federal tem sinalizado que a prioridade do Ministério da Educação está na educação básica.

A reportagem contatou o reitor da UFMS, Marcelo Turine, para comentar o resultado do ranking e suas implicações para a universidade, contudo, a assessoria informou que ele participava de evento e não poderia se manifestar.

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