O que deve ser prioridade para 477 mil crianças sem acesso a serviços básicos?

A nova enquete do Campo Grande News já está no ar e propõe uma reflexão: Com quase 500 mil crianças e adolescentes sem acesso a serviços básicos, o que deve ser prioridade? O questionamento ganha relevância diante dos dados divulgados recentemente pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que revelam uma realidade preocupante em Mato Grosso do Sul: 62,7% das crianças e adolescentes de 0 a 17 anos vivem em situação de “pobreza multidimensional”, ou seja, enfrentam pelo menos uma privação em áreas como Educação, Informação, Trabalho Infantil, Moradia, Água, Saneamento e Renda.

Entre as opções de resposta disponíveis na enquete estão: ampliar e fortalecer os programas sociais; garantir fiscalização e cumprimento das leis existentes; redirecionar recursos públicos para áreas essenciais. Os leitores também são convidados a interagir e comentar nas redes sociais do jornal.

No total, mais de 477 mil crianças e adolescentes no Estado enfrentam algum tipo de violação de direitos básicos. Desses, 9,8% vivem em situação de privação extrema, sem acesso a nenhum dos serviços considerados essenciais. O relatório do Unicef destaca o saneamento como o aspecto mais crítico em Mato Grosso do Sul.

Quase 44% das crianças e adolescentes vivem com privação intermediária nessa área, o que significa residirem em casas com banheiro compartilhado com pessoas de fora ou com fossa rudimentar, índice acima da média nacional, que é de 31,8%. Apesar da gravidade, o Estado não apresenta casos de privação extrema em saneamento, como ausência de banheiro ou uso de vala a céu aberto, realidade que atinge 6,2% das crianças no restante do país.

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