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Rejeição pela privatização dos Correios aumenta e maioria continua contra

No começo de julho, outra enquete foi feita e a quantidade de votos favoráveis a essa privatização era maior

Guilherme Correia | 04/08/2021 07:35
Projeto de lei que privatizaria essa estatal pode ser votado nesta semana. (Foto: Divulgação)
Projeto de lei que privatizaria essa estatal pode ser votado nesta semana. (Foto: Divulgação)

A rejeição pela privatização dos Correios aumentou, e a maioria dos leitores do Campo Grande News, que responderam enquete divulgada nesta quarta-feira (4), continuam contrários a essa medida. No começo de julho, outra votação foi feita e a quantidade de votos favoráveis a essa privatização era maior.

O PL (Projeto de Lei) 591/2021, que corre na Câmara dos Deputados e pode ser votado já nesta semana, autoriza que serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada, mesmo os prestados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), mais conhecida apenas pelo nome "Correios", que presta serviço de entrega de correspondência e produtos em todo o Brasil.

Segundo a proposta, a União, que hoje é dona de 100% da empresa de entrega de correspondências, manteria para si apenas uma parte dos serviços, definida no PL como “serviço postal universal”, que se resume a entrega de encomendas simples, cartas e telegramas. Isso porque a Constituição Federal determina que a União tenha serviço postal e correio aéreo nacional.

O PL enfrenta resistência da oposição de diversos partidos, mas está bem encaminhado para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que é aliado do presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).

Favor ou contra - Na segunda-feira, em cadeia nacional, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu a privatização dessa estatal, sob justificativa de que o faturamento é baixo. Vale lembrar que em abril deste ano, os Correios foram incluídos no PND (Programa Nacional de Desestatização), elaborado pelo governo federal.

"Com a privatização, os Correios vão conseguir crescer, competir, gerar mais empregos, desenvolver novas tecnologias, ganhar mais eficiência, agilidade e pontualidade. Somente assim, os Correios poderão manter a universalização dos serviços postais, que significa estar presente em todos recantos do País", defendeu Faria.

Partidos como o PSOL, por exemplo, têm sido contrários a essa medida. Essa agremiação, inclusive, protocolou no Ministério Público Federal representação contra o titular da pasta por "utilização de verbas públicas ao defender a privatização dos Correios".

O líder da oposição na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) chegou a se posicionar em alguns momentos, dizendo que a atual gestão presente fazer um "saldão" da estatal, que avalia ser uma "empresa pública estratégica para o povo e lucrativa para o País".

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