Grupo encena peça sobre lua e atrai público na praça

Mesmo com a tristeza pela saída da seleção brasileira da Copa do Mundo 2010, muitas pessoas ainda vestiam a camiseta verde e amarela na tarde de hoje no centro da Capital. Curiosos, alguns pararam próximo a fonte da Praça Ary Coelho para saber quem eram aquelas quatro pessoas que cantavam com ajuda de uma sanfona.

Era o Teatral Grupo de Risco, que levou para perto do povo a peça "A Lenda do Vale da Lua", premiada com o prêmio da Funarte (Fundação Nacional da Arte).

Os personagens trazem uma história infantil, resgatando a inocência, o deslumbramento e a descoberta com as coisas simples, como o brilho da lua ou o barulho do vento.

"Ele gosta muito, veio correndo para ver", conta Franciele Augusto Dutra, mãe de Irineu, 3 anos, e da pequena Beatriz, de apenas 5 meses. "A gente estava no parquinho e parou para tomar sorvete. Quando viu a casinha ali, ele ficou doido", diz a mãe, referindo-se ao cenário utilizado pelo grupo.

Alguns vasos com flores artificiais delimitam o espaço mágico onde a história se desenrola. Caixas cobertas por um lençol criam a superfície da Lua, que briga com um Astronauta, para que ele não roube suas pedras. "Imagina se eu caio daqui de cima, o problema que não daria?", questiona o satélite natural da Terra.

O grupo que era pequeno, começa a aumentar, com espectadores de todas as idades. "Deixei meu joguinho de dama para ver o que era. Acho bonito quando tem coisa diferente aqui nessa praça, que já viveu tanta coisa", conta o aposentado Antonio Guimarães, 72 anos, frequentador das mesas de jogo da Ary Coelho e saudosista.

De olhos vidrados, distraídos pelo figurino, encantados com as músicas ou "apenas de passagem", não há quem não se entregue a dar uma espiadinha e saber o que está acontecendo, seja por curiosidade ou vontade. Assim, "O Vale da Lua" fez sua parte no fim de tarde de Campo Grande.