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Mudança de plano tirou piloto de Aquidauana do voo da Chapecoense

Paulo Nonato de Souza | 29/11/2016 12:49
O aquidauanense Lucas (no centro) no voo da Lamia que levou a Chapecoense para Barranquilla, em outubro (Foto: Arquivo da família)
O aquidauanense Lucas (no centro) no voo da Lamia que levou a Chapecoense para Barranquilla, em outubro (Foto: Arquivo da família)

O piloto aquidauanense Lucas Medeiros Catafesta, de 22 anos, estaria no posto de piloto-assistente no avião da companhia aérea boliviana Lamia, que caiu na madrugada desta terça-feira com a delegação da Chapecoense, a 30 Km da cidade de Medellin, na Colômbia, se o voo fretado do time catarinense tivesse passado por Corumbá ou Puerto Suarez, como estava previsto. Por sua sorte, a escala do voo que saiu de Guarulhos, São Paulo, foi em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, de onde a equipe partiu na aeronave da Lamia com destino a Medellin, local do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional.

Não seria sua primeira vez no posto de copiloto-assistente da Lamia. No dia 17 de outubro, Lucas esteve no voo da companhia aérea boliviana que levou a delegação da Chapecoense desde Puerto Suarez até Barrinquilla para o jogo das quartas-de-final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Junior, realizado no dia 20 de outubro no Estádio Roberto Meléndez. Em plano C de logística, depois de ter vetado dois planos com voos fretados desde Belo Horizonte, onde jogou e empatou em 0 a 0 com o Cruzeiro pela 31 rodada do Campeonato Brasileiro, a Chapecoense foi a Corumbá, de onde seguiu de ônibus até Puerto Suarez para embarcar no voo da Lamia.

Esta era a logística que Lucas aguardava que fosse repetida para o jogo da final da Copa Sul-Americana, amanhã, em Medellin, segundo disse há pouco o pai do piloto em entrevista ao Campo Grande News. “Meu filho nasceu de novo. Ele só estava esperando o chamado”, disse emocionado o comerciante Ademir Catafesta. “Já rezamos bastante e vamos continuar rezando, porque só temos que agradecer a Deus”, ressaltou.

Ademir contou que o filho Lucas sempre quis ser piloto, desde os 6 anos de idade. Aos 15 anos entrou para o aeroclube de Aquidauana e nunca mais deixou de se preparar para realizar seu sonho. “Meu filho vinha voando como copiloto-assistente da Lamia na expectativa de ser contratado. É um trabalho normal de preparação que leva de 4 a 5 meses até o piloto conhecer a aeronave”, explicou.

Segundo Ademir Catafesta, o filho Lucas chegou até a Lamia indicado por um amigo de Corumbá, que o apresentou ao comandante da empresa boliviana, Miguel Quiroga, que era o piloto do voo que caiu com a delegação da Chapecoense.

“O comandante Quiroga fez um pouso tecnicamente perfeito. Cair onde o avião caiu, numa floresta fechada, e mesmo assim algumas pessoas se salvaram, se fosse em um lugar plano e limpo ele teria salvado todo mundo”, analisou Ademir.

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