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Esportes

Mutirão Pró Futebol é lançado e pede democracia e transparência na FFMS

Paulo Nonato de Souza | 01/07/2015 17:46
O ex-presidente da FFMS, Alfredo Zalutti Junior, com a ata de criação do Mutirão Pró Futebol ao lado do ex-zagueiro Amarildo Carvalho e o radialista Arthur Mário (Foto: Fernando Antunes)
O ex-presidente da FFMS, Alfredo Zalutti Junior, com a ata de criação do Mutirão Pró Futebol ao lado do ex-zagueiro Amarildo Carvalho e o radialista Arthur Mário (Foto: Fernando Antunes)

A comunidade esportiva e a sociedade em geral cobram mudanças reais no modelo de gestão do futebol sul-mato-grossense e queremos que a CPI do Futebol, criada no Senado e presidida pelo ex-jogador Romário, mire a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, afirmou esta tarde o radialista Arthur Mário Medeiros Ramalho, durante o lançamento do “Mutirão Pró Futebol”, na sede Associação dos Municípios (Assomasul), em Campo Grande.

Em nome da moralidade e da credibilidade, uma das principais bandeiras do “Mutirão Pró Futebol” é a saída do atual presidente da FFMS, Francisco Cezário de Oliveira. Ele está no poder ininterrupto na entidade desde 1998, mas antes disso já cumpria mandato “tampão”, e no último mês de abril tomou posse para mais um mandato até 2019.

“Temos propostas e vamos mobilizar os senadores Delcídio do Amaral (PT), Valdemir Moka (PMDB) e Simone Tebet (PMDB) para que olhem pelo nosso futebol, porque só assim o presidente da CPI, o senador Romário, dará atenção para investigar os desmandos que ocorrem também no futebol em Mato Grosso do Sul. O Romário, como ex-jogador consagrado, como senador da República e presidente da CPI do Futebol, tem força para mobilizar o Ministério Público”, ressaltou Arthur Mário.

Convidado de honra do evento na Assomasul, o ex-presidente da FFMS e antecessor de Francisco Cezário, o corumbaense Alfredo Zamlutti Junior, disse que “o Cezário é um cara de pau” e que se sente culpado pela presença do dirigente no comando do futebol sul-mato-grossense. “Me sinto culpado porque eu indiquei esse cidadão para o cargo de presidente. Ele é tão cara de pau que, quando eu deixei a presidência, a Federação me devia 480 mil cruzeiros, um dinheirão na época, mas como não teria como me pagar eu zerei a dívida. Na semana seguinte o Cezário deu entrevista dizendo que havia pago a dívida para mim”, revelou.

O ex-zagueiro Amarildo Carvalho, revelado na década de 1980 pelo Operário de Campo Grande, com passagens pelo Palmeiras e Porto de Portugal, lembrou que em 2014 tentou lançar sua candidatura à presidência da Federação, mas foi forçado a desistir porque o estatuto da FFMS foi alterado e passou a exigir que somente dirigente de clube poderia encabeçar chapa.

“Chega de viver sob as ordens do poderoso chefão. Queremos ter o direito de concorrer à presidência da Federação. Nosso futebol chegou ao fundo do poço com o Cezário e precisamos mudar isso. Antes, Goiás e Mato Grosso ficavam atrás de nós, mas agora somos nós que estamos atrás deles. Goiás tem representante na Série A, Mato Grosso tem o Luverdense na Série B, ano passado quase subiu para a Série A, e Mato Grosso do Sul tem o Comercial tentando conseguir recursos para disputar a Série D. Isso é uma vergonha”, disse o ex-zagueiro Amarildo Carvalho, que encabeça o movimento de mudança ao lado do radialista Arthur Mário.

Desportistas, empresários e autoridades da política e do judiciário participaram do evento por mudança na gestão e no comando do futebol em Mato Grosso do Sul (Foto: Fernando Antunes)
Desportistas, empresários e autoridades da política e do judiciário participaram do evento por mudança na gestão e no comando do futebol em Mato Grosso do Sul (Foto: Fernando Antunes)
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