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Esportes

Sem salários, jogadores usam o Facebook para expor dificuldades

Helton Verão | 26/04/2014 08:53
Jogadores e familiares estão usando redes sociais para desabafar
Jogadores e familiares estão usando redes sociais para desabafar

Os jogadores de clubes da Capital, que disputaram o Campeonato Estadual de Futebol deste ano, estão utilizando as redes sociais para reclamar da falta do pagamento ainda referente aos meses da época que ainda disputavam a competição. Três jogadores do Novoperário e alguns do Comercial resolveram reclamar publicamente.

Pelo Novo Galo, o goleiro reserva Magno, o atacante Michel e o zagueiro Jaime, através do perfil da esposa desabafaram. “Esperei demais, vou atrás dos meus direitos”, publicou o goleiro.

“Já que o Novoperário não me paga, o jeito é arrumar um trabalho. Quem tiver emprego para me oferecer estou a disposição, não tenho experiência, aliás tenho sim, a de ser enganado pelos diretores de futebol de MS”, desabafou Michel

A esposa do zagueiro Jaime foi mais crítica e se prolongou mais no desabafo.

“Já não dá mais para segurar, já está ficando uma verdadeira brincadeira de circo, uma palhaçada, jogadores também tem família, contas e filhos. Eles estão apenas querendo o que e de direito e nada mais. Ninguém sabe o que eles passam em casa, como o psicológico deles ficam e ainda ficam brincando com a cara da gente. Quanta falta de honestidade”, postou Thayane Souza, mulher de Jaime.

Pelo lado do Comercial, o goleiro Rodolfo, hoje no futebol de Rondônia, chegou a postar cobrando o pagamento. Na quinta-feira, ele já apagou a postagem.

“O mês tem 30 ou 31 dias, mas para algumas pessoas ele não tem fim. E as contas o juros e família ficam como nessa hora?”, questionou no Facebook, outro ex-funcionário do Colorado.

Tinho Gonçalves, que fraturou a perna no segundo jogo do campeonato contra o Cene, em dividida com o goleiro André Moretto
Tinho Gonçalves, que fraturou a perna no segundo jogo do campeonato contra o Cene, em dividida com o goleiro André Moretto

A postagem que chamou mais atenção, foi a do meia atacante Tinho Gonçalves, que fraturou a perna no segundo jogo do campeonato contra o Cene, em dividida com o goleiro André Moretto. De acordo com o atleta, não foram arcadas as sessões de fisioterapia, muito menos os salários. “Comercial de Campo Grande, presidente Cortez, infelizmente vou entrar na justiça pelos meus direitos. Até hoje vocês não arcaram com as despesas da minha fisioterapia e nem com meu salário. Até minha recuperação porque foi acidente de trabalho, nem uma ligação fizeram como estou”, lamentou e avisou.

O presidente Luiz Cortez não nega que deve ainda funcionários e atletas. “A maioria das pessoas já foi paga, faltam seis, que até o dia 30 irei quitar”, afirma o presidente.

O combinado com todos era que o pagamento acontecesse após a participação no Estadual. O Comercial jogou pela última vez no dia 9 de março, quando empatou com o Cene e deu adeus a competição. Após essa data vários outros prazos foram estipulados e foram sendo ignorados pela diretoria.

Cene- Pelo lado do campeão, todos os salários foram pagos, faltando apenas a gratificação por metas estabelecidas. “Já estão quitados todos os salários, agora dependemos dos nossos parceiros e pretendemos quitar as premiações até a próxima semana”, afirmou José Rodrigues.

O Campo Grande News tentou por várias horas o contato com o presidente do Novoperário, Américo Ferreira, para saber da situação dos pagamentos, mas nenhuma ligação foi atendida ou retornada.

Dos clubes da elite da Capital, somente o Cene tem competição no segundo semestre, o Brasileirão Série D. Novoperário e Comercial dependem de confirmação na desacreditada Copa Verde para ter calendário ainda este ano, no mais só Sub19.

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