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Com debate e protestos, dia "descomemora" golpe militar

Silvia Frias, Leonardo Rocha e Liniker Ribeiro | 01/04/2019 06:00

Prós - O domingo foi marcado por protestos e celebrações pelos 55 anos do golpe militar no Brasil. Em Campo Grande, o 31 de março foi dos favoráveis ao regime ditatorial, que festejaram em frente ao MPF (Ministério Público Federal), aliás, órgão que havia recomendado que não houvesse qualquer celebração. 

Convite - No aviso que circulou nas redes sociais, os pró-golpe usavam o slogan presidencial como chamariz: "Brasil Acima de tudo, Deus acima de todos". Um dos grandes apoiadores da data e que se empenhou em enviar via WhatsApp para seus contatos foi o Defensor Público de MS, Amarildo Cabral.

Contra - Esta segunda-feira será o dia do movimento contrário ao regime militar. Em Campo Grande, o local escolhido é o mesmo, a sede do MPF; Em Dourados, grupo vinculado à Faculdade de Direito e Relações Internacionais da UFGD organiza o debate "Ditadura Nunca Mais!". Segundo o coordenador Tiago Botelho, este é um evento de "descomemoração". "Prisões arbitrárias, retiradas de direitos, golpes, censuras, torturas e mortes são práticas incompatíveis com a democracia".

Violência contra mulher - Mato Grosso do Sul encerra o trimestre registrando 1,4 mil casos de violência doméstica e oito feminicídios. Em igual período de 2018, foram 1,5 mil registros de violência e sete mortes de mulheres relacionadas à condição de gênero.

QuedaOs números representam decréscimo mínimo em relação a 2018, ainda um indicativo do quanto o problema está longe de ser solucionado. A promotora Aline Mendes Franco, que fez acusação do assassino da musicista Mayara Amaral avaliou que falta muito para o Estado evoluir.

Mortes - Somente em março, mês de comemoração do Dia Internacional da Mulher, as Varas de Execução Penal em Campo Grande julgaram três casos de feminicídio. "Avanço seria tivéssemos um mês sem algum feminicídio para julgar", disse a promotora. No último júri do mês, Luís Alberto Bastos foi condenado a 27 anos e dois meses pela morte de Mayara.

Lembrança - Nos 5 anos da Operação Lava Jato, o nome do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, foi citado durante debate realizado na GloboNews. O delegado federal aposentado Jorge Pontes, ex-coordenador geral da Interpol no Brasil, lembrou a frase repetida várias vezes por Marun, de que a PF deixou de investigar o tráfico de drogas, falhou na fiscalização na região de fronteira e centrou forças somente no combate à corrupção.

Foco - "A impressão que uma frase dessas passa é que tudo que as autoridades políticas mais querem é que nós [PF] nos focássemos apenas na repressão ao tráfico", disse Pontes. O delegado diz que os dois assunto são complexos e merecem ser aprofundados. Mas com igual peso. Ele é autor do livro "Crime.gov: Quando corrupção e governo se misturam".

Fitness - O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad tirou o fim de semana para eventos esportivos. Na noite de sábado, participou na pedalada noturna da 'Hora do Planeta 2019" da WWF-Brasil e completou todo o percurso, aproximadamente 3,5 quilômetros. No domingo, bateu bola no Campeonato de Futebol no Talismã.

Amigos - O ex-secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, avaliou que seu sucessor, o médico José Mauro Pinto de Castro Filho terá mais trânsito para viabilizar recursos federais, pela proximidade com o ministro Luiz Henrique Mandetta. Vilela havia traçado plano a longo prazo para resolver problemas do sistema de saúde de Campo Grande, mas esbarrou em gargalos como a falta de verba para viabilizar as mudanças. "Ele pode ter mais sucesso do que eu nessa missão". 

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