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Ministra cita Riedel como bom exemplo depois de "misoginia"

Por Fernanda Palheta e Maristela Brunetto | 29/05/2025 06:00

Ombro a ombro - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deixou a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado após ser hostilizada por parlamentares, declarou à imprensa que sua atuação não é ideológica, mas baseada em dados técnicos. Para exemplificar sua abertura ao diálogo, citou o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. Segundo ela, ambos conduziram um trabalho “ombro a ombro” na proteção do Pantanal, diante do aumento dos focos de incêndio no ano passado, e classificou a atuação como exemplar e estratégica.

Apoio à Marina - O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou moção de apoio à Marina Silva, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em resposta aos atos do que considera misoginia e desrespeito durante a reunião no Senado. No texto, ele denuncia o comportamento de alguns parlamentares como exemplo de violência política de gênero, prática que busca deslegitimar mulheres em espaços de poder por meio de intimidação e discriminação.

Lugar de mulher - A deputada estadual, Gleice Jane (PT), também apresentou moção de apoio à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. A petista classificou o ataque como desproporcional, machista e violento. Gleice lembrou que esta não é a primeira vez em que a ministra sofre violência política de gênero, mesmo sendo "uma das mais respeitadas lideranças nacionais e internacionais nas pautas socioambientais". A deputada citou a fala do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e questionou: "Qual o lugar de mulher? Lugar de mulher é onde ela quiser", disse.

Sempre tem chororô - Um dia depois do julgamento que negou o recurso e manteve o mandato da prefeita Adriane Lopes (PP), o deputado estadual, Lídio Lopes (Sem partido), usou a tribuna da Assembleia Legislativa para parabenizar o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Segundo ele, o tribunal "fez justiça em um processo infundado". Lídio ainda disse que em Campo Grande toda eleição é um chororô de quem perde a disputa.

Tem que aceitar - Nos 10 minutos em que discursou, Lídio aproveitou para alfinetar o ex-aliado. Ele lembrou que na eleição de 2020, quando o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT) foi reeleito, com Adriane como vice, os adversários políticos também entraram na justiça contra o resultado na eleição. Na época, Marquinhos teria dito que os opositores deveriam aceitar o resultado das urna. Ele apontou que quatro anos depois o partido do ex-prefeito judicializou a disputa e o aconselhou a seguir o próprio conselho: "aceita que dói menos".

Foro especial - O juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande intimou o ex-governador André Puccinelli para que se manifeste sobre a continuidade da tramitação, em primeira instância, de um processo em que é réu por lavagem ou ocultação de bens. O caso é um desdobramento da Operação Lama Asfáltica.

Foro competente - O magistrado considerou que, diante do entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que o foro por prerrogativa de função deve ser mantido quando os fatos apurados ocorreram durante o mandato, é necessário ouvir Puccinelli, uma vez que ele era governador à época. Isso significa que o processo pode ser remetido ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), foro competente para julgar governadores. Situação semelhante já foi definida na Justiça Federal, com o envio de processos ao tribunal superior.

Bola de neve - A investigação do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023 em Cuiabá, continua revelando desdobramentos surpreendentes. A partir dela, a Polícia Federal chegou ao nome de uma pessoa apontada como lobista com ligações com magistrados, reuniu elementos e desencadeou, em Mato Grosso do Sul, a Operação Ultima Ratio, que afastou desembargadores e apura suspeitas de venda de decisões judiciais.

Multimilionário - Na fase deflagrada nesta quarta-feira, com foco em suspeitos do assassinato do advogado, a PF cumpriu mandados de prisão em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, apontando como motivação uma disputa por uma fazenda de valor multimilionário entre Zampieri e o suposto autor do crime.

Matadores - Nessa nova etapa, foi preso um militar aposentado no estado vizinho, suspeito de envolvimento no assassinato de Zampieri. A PF apontou indícios de que haveria um grupo organizado para prestar serviços de espionagem e cometer homicídios por encomenda. Tanto o homicídio quanto as investigações sobre o Judiciário de MT e de MS tramitam no STF, uma vez que surgiram suspeitas de venda de decisões também no STJ.

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