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Os primeiros dias do prefeito 'de bem com todo mundo'

Waldemar Gonçalves | 07/01/2017 07:00

Para o povo – Em cinco dias de gestão, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) mostra, nas ruas, um estilo populista e popular de governar. Detalhista, ele quer cuidar de tudo. Sai de agendas formais no Ministério Público ou com o alto escalão do Judiciário e, na sequência, paga refrigerante para um operário enquanto confere o tapa-buraco, por exemplo.

Aplaudido – A primeira semana de trabalho tem sido intensa para o prefeito, que na sexta-feira (6) sentiu um pouco do que já conquistou. Na Câmara Municipal, um auditório inteiro lotado de contratados da Omep e Seleta o aplaudiu de pé diante da frase: "Vim resolver definitivamente este problema".

Selfies – Depois de anunciar que todos voltariam ao trabalho na segunda-feira (9) e que tanto o 13º quanto o salário serão pagos na próxima semana, gritos tomaram conta do plenário. Mas, desta vez não foram de protesto. Ao final, Marquinhos tirou pelo menos duas dúzias de selfies com pessoas que foram cumprimenta-lo.

Apoiado – Na Câmara, Marquinhos chegou abraçado ao presidente, João Rocha (PSDB), cujo relacionamento parece estreitar-se a cada dia. Em inúmeras reuniões e entrevistas, pediu confiança, paciência e compreensão aos interlocutores. E parece ter recebido crédito, seja população, do Legislativo, do Judiciário, de entidades representativas e de todos que torcem por Campo Grande.

Transparência – Marquinhos também tem visitado postos de saúde e conferido o serviço de tapa-buracos. Em cada uma das agendas, mostra-se paciente. Conversa com todos e aos jornalistas, por exemplo, dá atenção sem enrolação ou meias-palavras.

Orar e distribuir – Também não esquece de orar em suas andanças: em uma das orações, foi para abençoar um semáforo. Para uma noção mais clara da situação: logo depois, parou em uma barraca de frutas, comprou laranjas e, com um facão, cortou uma delas e distribuiu os pedaços a quem estava por perto.

Casa em ordem – Em um desses compromissos, lembrou que "sabemos se uma casa vai estar em ordem só de olhar para cara do dono, especialmente se tiver uma mulher dedicada". Por falar nisso, sua esposa Tatiana Trad já cumpre expediente no Paço Municipal. "Passou a manhã em meu gabinete fazendo todo o organograma do FAC e da Mirim", disse ele, ontem.

Irreverentes – Diante de alto índice de evasão escolar e repetência, a Secretaria de Estado de Educação criou o AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem). Desde 2015, o projeto atende alunos que deveriam estar no Ensino Médio, mas não passaram do Fundamental. Segundo a secretária Maria Cecília Amêndola da Mota, o programa é voltado para “jovens irreverentes”.

Questão social – Os estudantes do projeto têm entre 15 e 17 anos e deixaram a escola por questões sociais, de acordo com Maria Cecília. Devido ao ‘perfil’ destes alunos, a secretária se demonstra preocupada com que os estabelecimentos de ensino onde há turmas do projeto não fiquem com fama de “escola reformatório”.

Integração – “São escolas inclusivas”, diz a secretária. “São jovens que a própria sociedade excluiu. É um projeto educacional, mas com propósito social. Eu gosto muito dele, porque conseguimos resgatar muitos jovens”.

(com Alberto Dias, Mayara Bueno e Richelieu de Carlo)

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