ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Jogo Aberto

"Picareta" defende "fique em casa", diz novo presidente do TJ

Ângela Kempfer | 25/01/2021 06:00
Eduardo Contar é empossado durante evento na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Eduardo Contar é empossado durante evento na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Bravo - Parece que as críticas à festa de posse do Tribunal de Justiça, realizada no Palácio Popular da Cultura na sexta (22), em plena pandemia, irritou bastante o novo presidente, Carlos Eduardo Contar. No discurso, o desembargador bateu pesado em quem alerta sobre a letalidade do coronavírus e chamou a mídia de “corrompida e partidária”.

“Quanta tristeza! Quanta vergonha! Quanta revolta!” - Com as 3 exclamações, ele começou o discurso, apesar de lembrar que foi recomendado a ficar quieto. “Primeiro, para não ser penalizado, neste tempo de caça às bruxas, onde até o simples direito de manifestar qualquer opinião que não seja a da grande a da grande mídia corrompida e partidária, também porque a idade vai ensinando que melhor do que estar certo é ser feliz, mesmo que padecendo com a revolta, a indignação e o inconformismo”.

Sem ser interrompido – Mas ele decidiu rasgar o verbo diante da chance de falar “sem ser interrompido”, e o discurso foi, inclusive, publicado na íntegra no fim de semana no site do Tribunal de Justiça. Ele falou de combater a “histeria coletiva, a mentira global, a exploração política, o louvor ao morticínio, a inadmissível violação dos direitos e garantias individuais”.

Contra o "fique em casa" - O novo presidente defendeu a volta ao trabalho e chamou quem prega o isolamento de “picareta”. “Deixemos de viver conduzidos como rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor, desprezemos pois o irresponsável, o covarde e picareta da ocasião que afirma ‘fiquem em casa’”.

Kit salvação - Ainda no time dos que criticam os especialistas contrários ao “kit cloroquina”, Contar condenou o que chama de “combate leviano e indiscriminado a medicamentos que – se não curam, e isto jamais fora dito – podem, simplesmente no campo da possibilidade, ajudar na prevenção ou diminuição do contágio, mesmo não sendo solução perfeita e acabada”.

Mau exemplo - Assim como o Campo Grande News, que questionou a necessidade do evento presencial de posse, com 300 convidados, no fim de semana o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem falando do "mau exemplo" do STF, e citou a posse do ministro Luiz Fux na presidência do tribunal, em setembro. E olha que lá foram só 48 convidados no plenário.

Outro lado - Em nota conjunta, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação Médica Brasileira afirmam evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no tratamento precoce para a Covid-19 até o presente momento. Pelo contrário, segundo as entidades, medicamentos como cloroquina, azitromicina e ivermectina podem causar arritmia cardíaca, sangramentos e inflamação no fígado.

Não foi só com a gente - Para quem tem “síndrome de vira-lata”, é bom saber que a gigante da moda, Zara, não abandonou apenas Campo Grande. A rede resolveu fechar as menores unidades, porque não têm “estrutura tecnológica que é necessária para unir canais físicos com o online”. A previsão era de começar os cortes no fim de 2019, antes mesmo da pandemia. Desde dezembro do ano passado a loja anunciava que fecharia no Shopping Bosque dos Ipês e no dia 31 próximo encerra de vez a história em Mato Grosso do Sul.

Pelo Brasil - No País, fecharam também as lojas de Joinville, em Santa Catarina, e Uberlândia, em Minas Gerais. Outras com os dias contados são as de São Bernardo do Campo, em São Paulo, Vila Velha, no Espirito Santo, e São José, em Santa Catarina, a vantagem por lá que esses municípios contam com outras opções em cidades vizinhas.

À míngua - A aceleração da alta do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) impediu o reajuste real de muita gente. No Brasil, 1/4 dos aumentos salariais em 2020 ficaram abaixo da inflação, o que significa perda do poder de compra dos trabalhadores. Os dados são da pesquisa Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que analisa convenções e acordos coletivos.

Nos siga no Google Notícias