Após 11 anos, prédio sai do papel inspirado em SP e floreiras gigantes
São 50 metros de altura, 12 pavimentos e 192 quartos; Obra segue arquitetura "antiga" com andares à mostra
Depois de 11 anos de construção e inspirado na tendência de edifícios sustentáveis de São Paulo, enfim, o prédio em frente à Praça Belmar Fidalgo já tem mês definido para inauguração. Com 12 andares, 192 quartos e floreiras gigantes na área externa, o Hotel Plaza Belmar deve abrir em abril de 2026. Para quem está curioso para saber se dentro também tem tantas plantas quanto do lado de fora, o Lado B deu uma olhadinha para contar isso e mais alguns detalhes da obra.
RESUMO
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O Hotel Plaza Belmar, localizado em frente à Praça Belmar Fidalgo em Campo Grande, será inaugurado em abril de 2026 após 11 anos de construção. O empreendimento de 12 andares e 192 quartos se destaca por suas floreiras gigantes na área externa, inspiradas na tendência de edifícios sustentáveis de São Paulo. Com investimento superior a R$ 100 mil apenas no sistema de irrigação das plantas, o hotel oferecerá quartos a partir de R$ 350, contará com quatro salas de reuniões temáticas e será o segundo maior da cidade. O projeto, que enfrentou a falência da construtora inicial, foi concluído por uma associação de investidores que assumiu a gestão do empreendimento.
Embora as sacadas sejam o grande chamariz do prédio, por dentro a ideia é se manter mais limpa. O paisagismo por lá ainda está sendo estudado; portanto, não é possível decidir se haverá muitas plantas ou não. De uma coisa, a síndica e presidente da associação responsável pela construção, Hanna Pereira Issa, assegura: o lugar não vai ser só cimento.
“Campo Grande teve um ‘boom’ de prédios assim. Vamos trazer a ideia de que a vegetação também deixa o espaço mais luxuoso. Na floreira temos desde árvores frutíferas a orquídeas, trepadeiras e palmeiras. São todas plantas naturais. No projeto inicial tinha a ideia de paisagismo com plantas, mas nada comparado. Um dos investidores trouxe o conceito de São Paulo, que além de deixar fresco, se diferencia dos outros. Estamos em uma região em que a vegetação é bem valorizada”.
De acordo com ela, a floreira possui sistema de irrigação baseado nos de Israel e as plantas tiveram que ser levadas de guindaste até lá em cima. Foram mais de R$ 100 mil, fora outros gastos investidos nisso. O sistema conta com temporizador e mangueiras específicas. Entre os cuidados também estão as podas para evitar que tampem demais a fachada, aplicação de fertilizantes e produtos para conter as pragas.
Hanna explica que a construção passou por poucas e boas, inclusive a falência da construtora anterior, que deu início ao projeto. Diante do cenário, os investidores se uniram para conseguir finalizar a obra. A ideia inicial era que o local funcionasse apenas como flat, mas após a saída da empresa, os novos donos decidiram deixar 100% hotel.
“Há quatro anos juntamos recursos e aportes para terminar a obra. Somos uma associação e estamos tentando salvar um negócio. Ela é formada por pessoas de várias áreas, pessoas que compraram desde a planta, e nos unimos para terminar. Aí formamos conselhos fiscais e de engenharia e mantivemos o contrato com uma construtora para realizar a obra”.
Ao todo, são 50 metros de altura distribuídos em 2.500 metros quadrados de área construída. Por dentro, quem se hospedar por lá deve desembolsar de R$ 350 a R$ 550 nos primeiros meses.
O elevador panorâmico do lado de dentro é um dos diferenciais, porque a graça é olhar para cima e para baixo e só ver escadas. A forma como construíram lembra os hotéis antigos, com andares à mostra.
Os quartos foram mantidos e têm 52 metros quadrados. Já o menor tem 27 e o intermediário, 35. O maior contém uma pia, mesa e cadeiras. O objetivo é adicionar sofás ao local. Já os menores não terão tantos móveis, seguem padrão de cômodos de hotéis, mas com decoração em tons terrosos, laranja e verde.
“É o segundo maior de Campo Grande e perde apenas para o Deville, que tem 196 quartos”, comenta Hanna. O hotel também tem quatro salas de reuniões inspiradas em plantas do cerrado: cedro, ipê, flamboyant e figueira. Elas também são de tamanhos diferentes. “Não teremos bandeira, faremos administração própria, por isso a presença de um síndico. Vamos trazer uma empresa de fora para ajudar na parte operacional do hotel”.
O hotel também conta com bar na parte da frente e restaurante na lateral, integrado com o hall de entrada. A ideia futura é abrir para pessoas que não estiverem hospedadas, assim como a academia e o bar.
Edifícios sustentáveis
A proposta arquitetônica de fachadas sustentáveis e cobertas de verde surgiu como resposta à urbanização acelerada e à necessidade de reduzir o impacto ambiental nas cidades. Logo o conceito se tornou tendência mundial que combina vegetação, jardins verticais e sistemas de irrigação eficientes diretamente nas fachadas ou na estrutura externa dos prédios.
O objetivo principal é melhorar o conforto térmico, reduzindo a temperatura interna e o gasto com ar-condicionado, e ao mesmo tempo aumentar a biodiversidade urbana, filtrar poluentes e melhorar a qualidade do ar.
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