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Arquitetura

Com tacos descartados e madeira de demolição, lavabo vira “um sonho de banheiro”

Elverson Cardozo | 16/04/2014 06:58
Com "reforma", ambiente nem parece o mesmo. (Foto: Divulgação)
Com "reforma", ambiente nem parece o mesmo. (Foto: Divulgação)
Lavabo antes do projeto. (Foto: Divulgação)
Lavabo antes do projeto. (Foto: Divulgação)

Com tacos de ipê descartados de um apartamento em reforma e madeira de demolição, as arquitetas Cláudia e Luísa Sá Earp, de Campo Grande, conseguiram transformar o lavabo do próprio escritório, na rua 13 de Junho, em um espaço de luxo. O projeto, enviado para um concurso da categoria, chegou a ser selecionado na etapa nacional do Prêmio Deca - “um sonho de banheiro”.

O ambiente, que pouca gente dá importância, tinha uma aparência péssima, com pisos marrons já desgastados pelo tempo, azulejos brancos que, além de quebrados por conta de possíveis reparos, contava com peças diferentes de reposição, e um lavatório que não combinava em nada com o ambiente, nem com o pequeno espelho.

Para dar uma cara nova ao lavabo de 2,97 m², as profissionais recorreram a algumas tendências. Usaram os tacos – sem dar novo acabamento - para revestir o piso e uma parede, trocaram o lavatório e a torneira, que estavam desgastados, por peças mais modernas, instaladas em cima de uma bancada feita com madeira de demolição.

Os azulejos foram mantidos nas outras paredes, mas camuflados por uma técnica que permitiu a pintura em um tom verde bem escuro, que deixou o ambiente diferente, mais aconchegante, sem “cara de banheiro”.

O toque clássico e elegante ficou por conta de um espelho grande com moldura dourada, herança de família, e a iluminação com lâmpadas dicroicas, de LED, para economizar energia elétrica.

Espelho antigo, com moldura dourada, deixou o ambiente mais elegante. (Foto: Divulgação)
Espelho antigo, com moldura dourada, deixou o ambiente mais elegante. (Foto: Divulgação)

“Mantive o vaso sanitário existente porque era da cor que eu queria e estava em boas condições”, comentou Cláudia. Entre trabalhos de hidráulica, elétrica, carpintaria e pintura, o novo espaço ficou pronto em aproximadamente três semanas.

“Perdi um tempo razoável procurando os metais e acessórios dourados, como o sifão, registros e válvulas. Como eu queria usar o espelho antigo, os metais precisavam ser dourados também e, na época, foi muito difícil encontrar. Algumas lojas garimparam seus estoques para achar estes materiais para mim”, contou.

O resultado agradou. As arquitetas, que dizem valorizar estes ambientes nos projetos que desenvolvem, avaliaram o próprio trabalho como vantajoso.

“Como era o lavabo do meu escritório, a vantagem era aproveitar a oportunidade para mostrar aos clientes algo diferente e com foco na sustentabilidade, até para dizer que podemos caminhar por diferentes estilos, já que o restante do ambiente era bem claro e básico”, disse. O preço total da obra não foi divulgado.

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