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Arquitetura

Consultório para gente grande tem chapeleiro maluco e cartas de baralho de Alice

Paula Maciulevicius | 18/06/2014 06:25
Na obra quem leva Alice para o País das Maravilhas é o coelho. No consultório, é a arquitetura. (Fotos: Allan Kaiser)
Na obra quem leva Alice para o País das Maravilhas é o coelho. No consultório, é a arquitetura. (Fotos: Allan Kaiser)

“Quanto tempo dura o eterno?” Quem se viu em algum capítulo de Alice no País das Maravilhas volta às páginas do livro ou à cena do filme ao girar a maçaneta. Num consultório de dermatologia da Capital, o atendimento é para gente grande, mas enquanto se espera, os adultos vivem lado a lado com o chapeleiro maluco.

Na obra de Lewis Carroll, quem leva Alice para o País das Maravilhas é o coelho. No consultório, é a arquitetura que traz o imaginário para o mundo real. Atendendo ao pedido da dermatologista Thaís Sakuma, o arquiteto Luis Pedro Scalise criou um projeto temático para o consultório.

Na conversa que teve com a médica, Scalise ouviu a cliente falar, sem muita pretensão, do quanto admirava o filme. “Ela falou você vai achar graça, mas eu adoro e me identifico com a Alice, não precisa fazer esse tema, mas eu gosto disso”, relata o arquiteto.

Colorido do filme veio parar na sala de espera, pela mobília de poltronas e os relógios.
Colorido do filme veio parar na sala de espera, pela mobília de poltronas e os relógios.
Cartas de baralho formam a mesa e compõem também os armários.
Cartas de baralho formam a mesa e compõem também os armários.
Na sala da dermatologista, as xícaras, que no filme voam, viraram luminárias.
Na sala da dermatologista, as xícaras, que no filme voam, viraram luminárias.

A ideia saiu como inspiração e de imediato chapéus, relógios e cartas de baralho começaram a surgir no esboço. Na bancada onde a recepcionista atende aos pacientes, a paisagem do filme salta aos olhos. As poltronas de espera são todas coloridas. Na parede amarela, cinco relógios pautam a dúvida de Alice, de quanto tempo dura o eterno. No cabideiro, o trabalho do chapeleiro maluco é visto em três cartolas.

Apesar do tema ser um épico infantil, o arquiteto descreve que conseguiu trabalhar o tema de acordo com o consultório, voltado para adultos. “A gente trabalhou o tema dentro das cores que o filme representa, trabalhou com o lúdico, mas ao mesmo tempo o real. Tudo é prático, tudo está sento usado”, detalha Scalise.

Na sala de atendimento da dermatologista, as xícaras, que no filme voam, viraram luminárias. As cartas de baralho formam a mesa e compõem também os armários. “Tudo que a gente trabalhou, trabalhou com material que desse ilusão do filme, mas que no dia a dia é prático. Não tem nada que não dê para usar, é tudo funcional”, descreve.

Para não ressaltar o tom infantil do tema, a estratégia usada foi de brincar com os atributos. “É a música, o som, o cheiro, o entorno daquele tema. Você entende o que o filme quer passar”, resume Luis Pedro.

Na visão do arquiteto, os projetos temáticos para consultórios estão virando tendência. “Não só ali, mas para a vida. Festas temáticas são as que mais dão gente, todo mundo adora porque você se transporta para outro lugar”. E foi exatamente este o objetivo de Thaís. “Eu queria que o paciente entrasse e se sentisse transportado para outro local. Quanto tempo dura o eterno? Às vezes apenas um segundo. Queria que eles se sentissem bem, sem pensar nessa coisa de doença”, explica.

Para não ressaltar o tom infantil do tema, a estratégia usada foi de brincar com os atributos.
Para não ressaltar o tom infantil do tema, a estratégia usada foi de brincar com os atributos.

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