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Arquitetura

Decoração feita por Rosely foi maior renascimento após divórcio

Para deixar o relacionamento de 32 anos no passado, moradora vendeu todos os móveis e recomeçou do zero

Aletheya Alves | 01/03/2022 07:38
Rosely Suiam Franco ao lado de cortina imaginada em sessão terapeutica. (Foto: Aletheya Alves)
Rosely Suiam Franco ao lado de cortina imaginada em sessão terapeutica. (Foto: Aletheya Alves)

Das cortinas até o lustre da sala, tudo vem sendo escolhido a dedo na casa de Rosely Suiam Franco há cerca de três anos. Isso porque, com o fim de mais de três décadas de casada, a aposentada resolveu renascer através de uma decoração variada e cheia de cor.

Ao todo, foram 32 anos de casamento vividos na mesma casa localizada no Bairro Cidade Jardim. Quando a história acabou, Rosely, hoje com 62 anos, percebeu que os móveis iriam continuar carregando o passado pelo espaço e foi assim que se livrou de praticamente tudo.

“De repente, eu me vi separada e falei: ‘Não, agora a casa é minha e vou fazer exatamente como eu sou’. Eu tirei tudo, doei e vendi. Não ficou nada do meu casamento, só minhas roupas, uma mesa que meu filho me deu e eu”, explica.

Peças de artesanato foram incluídas em nova decoração. (Foto: Aletheya Alves)
Peças de artesanato foram incluídas em nova decoração. (Foto: Aletheya Alves)

Depois de se livrar dos móveis “pesados, de madeira”, o primeiro passo foi passar tinta branca pelas paredes e começar a repensar a decoração. Foi assim que, com ajuda de amigas, cada parte da casa virou uma nova página.

Rosely narra que os detalhes da casa foram sendo adquiridos de modos diferentes. Alguns móveis vieram de conhecidos que estavam vendendo, outros foram montados por ela e peças de decoração chegaram como presentes.

Na sala, as três cortinas foram encomendadas para levar a ideia até as janelas. Uma foi bordada com flores coloridas que se encontram ao ser fechada, outra é aberta para contribuições de amigos e a última surgiu em uma sessão terapêutica.

Cortina com espaço colaborativo para que amigos participem do lar. (Foto: Aletheya Alves)
Cortina com espaço colaborativo para que amigos participem do lar. (Foto: Aletheya Alves)

A moradora explica que a peça colaborativa veio como um modo de acolher os carinhos dos amigos, “cada pessoa pode trazer algo para eu acrescentar no tecido. Já o desenho da outra, eu imaginei durante uma orientação em sessão terapêutica. Vi essa imagem e decidi que iria colocar na minha casa”, conta.

Na extensão do espaço, um lustre feito em ferro é exemplo dos novos caminhos dados também aos objetos por Rosely. Ela detalha que uma amiga havia comprado em São Paulo há muito tempo e há pouco chegou à sua casa.

Lustre na sala de estar veio por meio de uma amiga. (Foto: Aletheya Alves)
Lustre na sala de estar veio por meio de uma amiga. (Foto: Aletheya Alves)

Do mesmo modo que a decoração variada se espalha pela parte interna da residência, a área externa também recebe cores. Vasos de plantas foram espalhados pela calçada ao lado do gramado e uma pequena “gruta” em homenagem à padroeira dos ciganos, Santa Sara, foi elaborada.

Espaço montado em homenagem à padroeira do povo cigano. (Foto: Aletheya Alves)
Espaço montado em homenagem à padroeira do povo cigano. (Foto: Aletheya Alves)

E como mais um detalhe a ser implantado, Rosely explica que suas crenças sempre foram variadas e com o momento de se reinventar, quis colocar tudo o que estava em si no ambiente em que vive. “Eu quis recomeçar minha vida, mas com minha forma de ser, minha personalidade e tudo o que eu gosto. Longe de parar, continuo pensando em mudar ainda mais coisas."

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