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Arquitetura

Geny explica o porquê após 40 anos casa não terá decoração de Natal

Quem passa pergunta por que a fachada natalina tradicional este ano perdeu as luzes na esquina da Rua Bahia

Aletheya Alves | 20/12/2022 07:20
Pela primeira vez em 40 anos, casa de Geny não foi decorada para o Natal. (Foto: Paulo Francis)
Pela primeira vez em 40 anos, casa de Geny não foi decorada para o Natal. (Foto: Paulo Francis)

Dia 20 de dezembro e a esquina da Rua Antônio Maria Coelho com a Bahia segue sem nenhum pisca-pisca. Impossível de não estranhar, pela 1ª vez em 40 anos a casa de Geny Nacao Ishikawa não recebeu nenhuma mudança interna ou externa para o Natal, mas, tranquilizando a todos, a dona da casa dá risada contando sobre o motivo.

“Acho que vou colocar uma placa ‘estou viajando’ para avisar”, brinca a médica de 92 anos. Mesmo sem avisarmos o motivo da entrevista não agendada, a dona da casa já sabia o porquê da visita quando nos convidou para entrar, “já até estou vendo o que é”.

Tradição, todos os anos, desde o telhado até o salão da casa ganham uma nova vida com as decorações, mas, em 2022, a fachada e cada cômodo continuam do mesmo jeito que estiveram no restante do ano.

Símbolo natalino, casa fica na esquina da Rua Antônio Maria Coelho com Bahia. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Símbolo natalino, casa fica na esquina da Rua Antônio Maria Coelho com Bahia. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Neste ano, Geny decidiu viajar com a família ao invés de celebrar em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Neste ano, Geny decidiu viajar com a família ao invés de celebrar em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Apaixonada pelo Natal, Geny não deixou o Papai Noel do telhado guardado nem mesmo durante a pandemia e, nos 40 anos em que vive na casa, ao menos alguma decoração interna resistia.

Sem se lembrar de outro episódio em que nenhum canto do lar ficou sem receber ao menos um pisca-pisca, Geny brinca que 2022 também recebeu o título de primeiro ano em que não pode sair na rua.

“Vou passar o Natal com minha família em outro lugar, é a primeira vez que vamos fazer isso. É a primeira vez que não posso sair na rua, todo mundo fica assim [apontando para o telhado] e aí conto que vou viajar”, diz a médica.

Conjunto de luzes se espalhavam desde o telhado até pingos-de-ouro. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Conjunto de luzes se espalhavam desde o telhado até pingos-de-ouro. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Presépio iluminado tomava conta de parte do gramado. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Presépio iluminado tomava conta de parte do gramado. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

E, além da estranheza em não ver a casa iluminada desde o início de dezembro, Geny detalha que o medo de muitos é com sua saúde. Para a alegria e tranquilidade geral, a ginecologista e obstetra continua elegante, calma e leve ao dizer “tô viva!”.

Quando fala em enfeites, a moradora ilustre explica que internamente os detalhes natalinos sempre estiveram ali. Mas, externamente, o ritual de retirar as luzes do depósito ocorre há mais de 20 anos.

Com ajuda de um eletricista, cada detalhe saía de várias caixas, mas a tradição vai precisar esperar o Natal de 2023 para retornar. Devido aos ajustes para a viagem e eventos que a moradora continua produzindo, ela explica que acabou não sentindo falta da preparação. Mas que com toda certeza a festa será celebrada por ela e pela família.

Garantindo que não se incomoda com as perguntas gerais sobre a decoração, a médica explica que no fim das contas o espírito natalino continua mesmo sem o trenó do telhado.

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