Muita gente conhece, mas nunca foi à Casa do Artesão ou Bioparque
Pesquisa ouviu 600 pessoas e revelou que desinteresse, falta de tempo e distância são alguns dos motivos

Pode parecer brincadeira, mas apesar da Casa do Artesão e do Bioparque Pantanal serem prédios históricos e famosos em Campo Grande muitas pessoas sequer pisaram no local. A pesquisa 'Cultura nas Capitais' revelou que elas até conhecem de vista ou ouviram falar, mas nunca viram nada dentro dos prédios. O levantamento, feito pelo Datafolha e JL Cultura e Esporte, foi divulgado nesta quarta-feira (20) a agentes da cultura do município e do Estado.
RESUMO
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Pesquisa revela que moradores de Campo Grande conhecem, mas não frequentam pontos turísticos importantes. Bioparque Pantanal e Casa do Artesão são exemplos de locais com alta taxa de conhecimento, mas baixa visitação. Outros espaços culturais, como MIS e Museu de Arte Contemporânea, são ainda menos conhecidos pelo público. Falta de interesse, dificuldades econômicas e tempo são as principais barreiras para a visitação, segundo a pesquisa "Cultura nas Capitais". Espaços abertos, como parques e praças, são os mais frequentados. Apesar do baixo comparecimento, há interesse declarado por shows e teatro, mas a presença efetiva nesses eventos culturais também é baixa.
Do total, 47% disseram que conhecem, mas nunca foram ao Bioparque, e 31% afirmaram o mesmo sobre a Casa do Artesão. Fora do eixo mais popular, 75% disseram que não conhecem o MIS (Museu da Imagem e do Som) e 69% o Marco (Museu de Arte Contemporânea). A Concha Acústica Helena Meirelles e o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo também aparecem na lista.
Quando perguntados sobre qual foi o último museu ou exposição visitados, 21% citaram o Museu José Antônio Pereira, seguido pelo Marco (10%) e pelo Bioparque (6%). Parte dos entrevistados apontou instituições de fora do Estado, como o Museu de Cera, em Gramado, o Museu do Ipiranga e o Catavento, ambos em São Paulo. A pesquisa mostra ainda que 6% acessam sites de museus para ver coleções online.
Motivações e barreiras
De acordo com os entrevistados, as principais razões para visitar museus e centros culturais são aprender e adquirir conhecimento (44%), diversão (19%) e socialização (10%). Já entre os motivos para não frequentar, o desinteresse aparece em primeiro lugar (43%), seguido por dificuldades econômicas (18%), falta de tempo (15%), distância de casa (12%), não esquecendo da falta de hábito, com 8%.
O que atrai mais
Os espaços mais frequentados continuam sendo os abertos e de fácil acesso: praças, parques e praças (20%). Entre as respostas estão a Feira Central, o Parque das Nações Indígenas, o Parque Ayrton Senna e praças de bairro. Na sequência aparecem as feiras de artesanato (9%), enquanto museus e exposições ficam com apenas 6%, e o teatro amarga com 2%. Ao todo, 70 lugares aparecem no levantamento.
Apesar da baixa procura e participação do público, a pesquisa também mostra interesse declarado por shows (21%) e teatro (28%), mas a presença efetiva segue baixa. No teatro, por exemplo, 88% afirmam não ter ido a nenhuma peça no último período. Museus também sofrem: 87% não compareceram a nenhuma exposição. Os dados foram coletados de março a maio de 2024.
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