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Arquitetura

Pantanal é continuação da piscina em casa pequena, mas de vista privilegiada

Paula Maciulevicius | 22/03/2016 06:23
Vista corrida da casa, de onde estiver, moradores e visitas enxergam o Pantanal.
Vista corrida da casa, de onde estiver, moradores e visitas enxergam o Pantanal.

Mais do que "borda infinita", a piscina da casa em Corumbá parece continuar para o Pantanal. Construída em 10 meses, o projeto de arquitetura simples deu aos moradores uma vista de inspirar, da baía do Tamengo. E é ela o ponto principal do imóvel que de fora, ninguém dá nada.

Foram oito meses de execução da "Casa Mirante", projeto do arquiteto e professor da UFMS, João Bosco Delvizio, na Cidade Branca, a 419 quilômetros da Capital. O terreno, de 10 por 20, teve de ser adaptado para atender às necessidades do casal proprietário, e dividido em dois pavimentos, no superior ficou reservada à parte íntima, enquanto o térreo é composto pelos ambientes sociais da casa.

Quem vê da fachada não nota nada de extraordinário, mas garagem adentro, a casa toda aberta e integrada possibilita enxergar toda a planície exuberante do Pantanal como se fosse o quintal dos moradores. "Se chama Casa Mirante porque é um verdadeiro mirante do Pantanal", deixa explícito o arquiteto.

Fachada do projeto: ninguém imagina a varanda que casa oferece.
Fachada do projeto: ninguém imagina a varanda que casa oferece.
Por dentro, da sala se vê a planície exuberante por conta da integração dos ambientes.
Por dentro, da sala se vê a planície exuberante por conta da integração dos ambientes.

A casa foi erguida num ponto da cidade onde a diferença entre a parte alta e baixa é de 20m de altura. "O fundo desse terreno tem limite com esse desnível, que na verdade é uma grande ribanceira", descreve Bosco Delvizio.

A baía que em épocas de enchente vira tudo um só rio, Paraguai, é quem brinda os moradores em qualquer hora do dia. Pela manhã, o café da manhã pode ser tomado olhando para o visual, à noite, sentado na varanda se consegue ver as luzes da Bolívia.

A proposta e o conceito da casa, segundo o arquiteto, é exatamente fazer com que os espaços arquitetônicos projetados possibilitassem a maior exploração visual possível do entorno. "O terreno é pequeno, mas fizemos com que os espaços sejam absolutamente abertos para poder usufruir da natureza", comenta o professor.

À época em que o projeto foi pensado, em 2013 e executado em 2015, os donos queriam usufruir da vista, mas deixaram a cargo do arquiteto a estruturação. "Os quartos e todos os ambientes são voltados para essa baía. O projeto quem definiu, levando em conta essa diferença de nível, configurada em um grande barranco", explica. A sensação é de borda infinita pela vista, que não foi executada dessa forma por conta do terreno. Pela ribanceira, o arquiteto teve de fazer um muro de arrimo para conter a casa.

Da sala de casa, numa tarde qualquer...
Da sala de casa, numa tarde qualquer...
Até da banheira, vista é contemplativa.
Até da banheira, vista é contemplativa.

A arquitetura foi simples, rústica e de investimento médio no metro quadrado. Por ser toda aberta, a casa, apesar do calor da cidade de Corumbá, é fresca. "As aberturas permitem que o ar circule tanto para quem está na rua, quanto para quem está de frente com o Pantanal", exemplifica. 

A vista corrida, neste caso, valeu pela paisagem. "Que é imperdível, uma coisa única. Olha que sou nascido e criado em Corumbá, conheço e pesquei no Rio Paraguai, mas a primeira vez que eu vi a casa pronta, fiquei extasiado, não parava de olhar. E é na cidade, em rua de asfalto, onde na varanda, é Corumbá, é o Pantanal e quem olhar de fora, jamais vai pensar isso".

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Como borda infinita, Pantanal é a extensão da piscina.
Como borda infinita, Pantanal é a extensão da piscina.
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