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Arquitetura

Para mudar próprio quarto, Maicon aprendeu dobrar papel e descobriu renda extra

Em princípio, o que era só curiosidade, hoje já é chamada de "terapia" pelo acadêmico de Arquitetura e Urbanismo

Danielle Valentim | 24/10/2019 06:50
Reprodução de uma Nefertit, uma rainha da dinastia do Antigo Egito ganha destaque. (Foto: Arquivo Pessoal)
Reprodução de uma Nefertit, uma rainha da dinastia do Antigo Egito ganha destaque. (Foto: Arquivo Pessoal)
É no próprio quarto de Maicon que tudo gana forma. (Foto: Arquivo Pessoal)
É no próprio quarto de Maicon que tudo gana forma. (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 28 anos, o acadêmico de Arquitetura e Urbanismo Maicon Viana aprendeu na internet a papercraft na intenção de decorar o quarto. Mas com a técnica acabou descobrindo uma renda extra, já que a arte de dobrar papéis em formatos tridimensionais viraram tendências decorativas nos últimos anos.

Entre gatinhos e peças mais sofisticadas, a reprodução de Nefertit, uma rainha do Antigo Egito, ganha destaque. “A primeira fiz para um amigo. Já vendi uma Nefertit para compor a decoração de uma casa. E a mesma pessoa quer um Buda para a mesma composição”, explica Maicon.

Não se trata de um sonho de infância. Há dois anos, Maicon estava enjoado da decoração de seu quarto e, disposto a gastar pouco para renová-lo, investiu no faça você mesmo. “Aprendi, pois queria coisas novas e não queria gasta muito, aprendi na internet”, conta.

Gatos ficam uma fofura. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gatos ficam uma fofura. (Foto: Arquivo Pessoal)
Outro ângulo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Outro ângulo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Produções reunidas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Produções reunidas. (Foto: Arquivo Pessoal)

O que era só curiosidade, hoje é chamada também de terapia pelo acadêmico. “Hoje já chamo de “minha terapia”, pois é a hora que gasto meu tempo com algo que me dá satisfação. Vai ganhando forma e eu fico todo empolgado, pois quero ir vendo como termina porque não começa do mesmo lugar sempre”, frisa.

As produções que saíam entre um vídeo-aula e o outro já é coisa do passado. Hoje há peças fluem sozinhas. “Já tenho bastante que consigo ir mostrando e abrindo algumas opções. Eu acabei vendo só nos primeiros”, pontua.

As primeiras peças saíram há dois anos e desde então, o artesão foi se especializando. Os gatos são as peças xodós e ganharam mais opções de posição.

O preço médio das peças varia pelo tamanho entre R$ 40,00 e R$ 50,00, como é o preço da cabeça de um servo, por exemplo, ou da Nerfertit. O tempo das produções também oscilam entre 5 horas e uma semana. O leão, por exemplo, levou sete dias para ser finalizado.

Há também as opções coloridas. Um leão. (Foto: Arquivo Pessoal)
Há também as opções coloridas. Um leão. (Foto: Arquivo Pessoal)
Unicórnios. (Foto: Arquivo Pessoal)
Unicórnios. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gatos pretos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gatos pretos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Maicon trabalha com o papel vergê na gramatura de 180 gramas, por ser mais resistente, a ponto de ser pintado com spray e não se deformar. E engana-se quem pensa que as peças se encaixam somente em quarto. Se trabalhar uma composição de cores acaba se encaixando em tudo.

A técnica de Papercraft é bem semelhante a origami, porém dá mais volumetria ao 3D. É um método de construção de objectos tridimensionais a partir de papel, mas distingue-se já que a construção geralmente é feita com vários pedaços de papel, e esses pedaços são cortados com tesoura e fixados uns aos outros com cola, em vez de se suportarem individualmente.

Uma vez que os modelos de papercraft podem ser facilmente impressos e montados, a Internet tornou-se um meio popular para a sua divulgação. Um software chamado Pepakura Designer é capaz de converter os polígonos de um arquivo em 3D para um modelo de papercraft o que facilitou que pessoas criassem seus próprios modelos.

“Além disso, exige mais concentração, pois mesmo eu tendo feito a mesma peça mais de uma vez, não se começa do mesmo lugar, então se não presta atenção acaba dificultando mais a finalização”, explica.

Como o acadêmico trabalha e estuda, produz as peças nas horas vagas ou finais de semana. Aos interessados, ele garante que o YouTube é uma escola. “Não dá pra desistir quando achar que não tá dando certo também”, finaliza.

Veja mais trabalhos de Maicon no Instagram.

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