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Arquitetura

UFMS promete reativar Autocine, repaginado em Centro de Convivência

Ângela Kempfer | 06/03/2012 16:55
Hoje área está abandonada. (Foto: Marlon Ganassin)
Hoje área está abandonada. (Foto: Marlon Ganassin)

O projeto arquitetônico é de 2006, a promessa é ainda mais antiga, mas este ano a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul promete colocar em ação as obras para revitalizar a área onde funcionava o Autocine. O melhor é que o compromisso é também com a volta das projeções de filmes no local, totalmente repaginado. A diferença é que o público não poderá mais ver nos carros, como era.

Depois de décadas de abandono, só sobrou a grande tela onde eram projetados os filmes quando a UFMS foi instalada em Campo Grande. De lá para cá, muito se falou sobre o reaproveitamento do local, mas nada de prático ocorreu.

No ano passado, a reitoria conseguiu o despejo do último comércio que funcionava no local, uma lanchonete que brigava na justiça pelo direito de continuar em regime de comodato dentro da propriedade da UFMS.

Com o fim da pendenga, a ideia de um Centro de Convivência voltou à tona. A diferença, diz o pró-reitor Júlio Gonçalves, é que desta vez os recursos serão da iniciativa privada. Os bancos que hoje têm agências dentro do campus, durante mais de 20 anos não pagaram aluguel por terem contratos de comodato. Os acordos estão vencendo e agora terão de se submeter à licitação para continuar na UFMS.

Maquete virtual do projeto. A frente o setor de bancos. (Fotos: reprodução)
Maquete virtual do projeto. A frente o setor de bancos. (Fotos: reprodução)

“Há 20 anos eles fecharam acordo sem nenhuma licitação, mas agora a lei obriga a concorrência pública. Como tudo está vencido, aproveitamos para lançar o projeto. Os bancos bancam a obra e vão poder continuar na Universidade”, explica o pré-reitor.

O custo é de R$ 6 milhões e a proposta é que os bancos dividam esse valor para, em troca, se instalarem em um dos prédios, de cerca de 3 mil metros quadrados, com capacidade para até 6 agências. “A licitação será aberta em abril e esperamos que até setembro a empreiteira seja contratada para começar a construção”.

O projeto foi elaborado por professores da Universidade e alunos e venceu concurso em 2006. “Atualizamos esse projeto porque é exatamente o que precisamos. Nem os arquitetos, nem a UFMS queriam abrir mão da tela do Autocine e isso foi preservado. É um símbolo importante para Campo Grande”.

Na área total de 10 mil metros quadrados, a proposta é construir um setor para bancos, outro para os 32 centros acadêmicos da UFMS e o terceiro para serviços como lotérica, lanchonetes, Correios e até lavanderia. “Hoje, 60% dos estudantes são de outros estados e não há muitos serviços para atender esses acadêmicos aqui na região”. Em outro prédio, ficará concentrado o departamento de comunicação, editora e a FM da Universidade.

Sob a tela do Autocine, haverá um auditório para 100 pessoas e em frente, uma praça de shows para 2 mil pessoas. “Queremos que sejam realizados aqui shows menores, para a comunidade. Será um espaço de multieventos”, diz o professor Júlio.

Projeto detalhado
Projeto detalhado

Estrutura que hoje servem de alicerce para um dos prédios no local será preservada e transformada em portais que passarão a ser o único acesso à instituição. O pró-reitor lembra que isso poderá melhorar o fluxo de carros e ônibus. "Haverá uma portaria principal ali, para maior segurança e facilitar o trânsito que hoje é caótico aqui dentro".

Sobre a portaria, será instalado novo projetor para as exibições de vídeos e filmes.

Alguns acadêmicos são contra a reocupação do lugar porque desconfiam que apenas a parte das agências será construída e a segunda fase do projeto esquecida. O pró-reitor garante que tudo será executado. “Queremos esse espaço não só para a universidade, mas para Campo Grande”, argumenta Júlio Gonçalves.

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