Após 13 anos, Noite da Seresta enche Praça do Rádio de música e memória
Ícone da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa animou o retorno do evento com clássicos atemporais
Depois de 13 anos, a Praça do Rádio voltou a respirar música e memória. Na noite desta sexta-feira o retorno da Noite da Seresta levou uma multidão para o centro de Campo Grande, coroando a reestreia com a voz e a presença da cantora Wanderléa, ícone da Jovem Guarda.
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O evento, que marcou os anos 2000 como um dos símbolos culturais da capital, trouxe de volta a cena que muita gente sentia falta. Cadeiras espalhadas pela praça, famílias inteiras ocupando o espaço público e fãs que não escondiam a emoção.
Para a servidora pública Rogéria Fonseca, de 54 anos, foi uma chance de reviver bons tempos. Ela chegou cedo e até levou um banquinho para curtir mais a vontade.
“Achei uma maravilha. Eu sempre frequentei a Seresta nos tempos antigos. É uma oportunidade porque é de graça para a população e para esses cantores que estão sem espaço para se apresentarem. Eu já vi Erasmo Carlos, Biafra, Ney Matogrosso nas Serestas anteriores”, relata.
Sobre Wanderléa, Rogéria lembrou com carinho de uma música em especial. “Gosto muito dela cantando ‘Menino Bonito’, da Rita Lee. Não é Jovem Guarda, mas ela tem cantando essa”, destacou.
Para Rosilene de Almeida, de 60 anos, a noite teve gosto de sonho realizado. Fã desde os 15 anos, ela levou uma carta e uma foto para entregar à cantora.
“Esses tempos ela foi no programa do Serginho Groisman e na hora pensei que ela poderia vir para Campo Grande. Para mi há surpresa ela veio hoje e estou realizando um sonho. É a primeira vez que vou ver ela ao vivo”, contou.
Entre os que vibraram com a volta da Seresta estava também o psicólogo Rômulo Said Monteiro, de 71 anos. Ele acompanhou a era da Jovem Guarda e não escondeu a emoção de rever Wanderléa no palco.
“É uma ótima escolha, ela é um vínculo de uma geração muito importante. Eu tinha 12 anos naquela época. A voz dela continua maravilhosa e a presença é marcante. Campo Grande precisava disso de novo”, resumiu.
Nem os artistas da terra perderam a chance de prestigiar a “Ternurinha”. Os músicos Pedro Espíndola e Boloro, da banda Coquetel Blue, levaram vinis antigos para tentar um autógrafo.
“A gente é fã e eu coleciono vinis. Foi uma coincidência boa, porque semana que vem vamos fazer um show especial pelos 60 anos da Jovem Guarda e incluímos músicas dela no repertório”, explicou Pedro.
Já Boloro resumiu a emoção: “Para mim é como se fosse um show da Janis Joplin. É muito bom ver ela aqui em Campo Grande”, afirmou.

O secretário municipal de Cultura, Valdir Gomes, se disse realizado com a festa. “Quando assumi, pensei na Noite da Seresta. Hoje a palavra é gratidão. Vamos fazer muito mais e até o final do ano quero outra edição e também em outras praças”, garantiu.
A prefeita Adriane Lopes destacou o simbolismo da retomada. “É só olhar a praça cheia. Estamos trazendo vida para o centro da capital e retomando um evento clássico. É um presente pelos 126 anos de Campo Grande”, avaliou.
Nos anos 2000, a Noite da Seresta transformou Campo Grande em palco de nomes como Oswaldo Montenegro, Joana, Agnaldo Timóteo, Márcio Greyck, Ângelo Máximo, Perla Paraguaia, Demônios da Garoa, Wanderley Cardoso, Banda Galvão, além dos talentos da terra como Tetê Espíndola, Alzira E., Geraldo Espíndola e Celito.
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