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Artes

Com movimento "Música não é ruído", artistas estão prestes a mudar Lei

Paula Maciulevicius | 26/09/2013 15:44
Músicos e apoiadores em seminário sobre o assunto nesta semana.
Músicos e apoiadores em seminário sobre o assunto nesta semana.

Os artistas que literalmente vestiram a camisa “Música não é ruído” trabalham agora para resgatar a representatividade da categoria. Na próxima segunda-feira, músicos se reúnem para a reformulação do estatuto e dar o pontapé inicial para reativar o Sindicato dos Músicos do Estado de Mato Grosso do Sul, que deixou de atuar há mais de 10 anos.

Joey 4 foi quem puxou a ideia e chamou um a um para a formação de uma comissão. Ao Lado B ele conta que o trabalho veio de uma brincadeira, quando um cliente lhe perguntou do couvert artístico. Polêmica à parte, o valor que o cliente paga não é todo revertido aos músicos. E quando Joey contou isso, o consumidor perguntou da atuação do Sindicato.

“Nos reunimos no começo de ano e fizemos vários estudos. Não dava para ter uma lei municipal porque o couvert é serviço, não tem como tabelas. O caminho é o Sindicato e já que estamos nos reunindo, vamos dar um pulo de uma vez”, explica.

No contexto que está a cultura em Campo Grande, com lei do silêncio, secretaria e prefeitura querendo enclausurar as artes a portas fechadas, um sindicato passa a ter representatividade de uma categoria que até então lutava só, além de força jurídica para mudar artigos.

“Eu acho que vai beneficiar como todo sindicato, saúde, lazer e possibilitar o trabalho sem disputa, mais honesto. Essa luta minha talvez nem seja pela minha geração, mas também para os próximos que virão”, resume Joey.

Um dos músicos que encabeça o movimento, Raimundo Galvão, explica que um dos papeis do sindicato também vai ser de traçar políticas culturais dos artistas. Na próxima semana, todas as propostas de alteração da Lei do Silêncio já discutidas em audiências públicas serão passadas para votação em caráter de urgência na Câmara Municipal.

As principais propostas são para complementação da lei, e não mudança em si. A primeira sugestão é de que seja colocado um tópico que diferencie ruído de música. Em segundo ponto, os artistas sugerem que a música seja conceituada na Lei, assim como o barulho e que a fiscalização e medição dos decibéis seja acompanha de perto por uma comissão da cultura, incluindo músicos e artistas. O mesmo grupo também vai aavaliar as licenças ambientais. 

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