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Artes

Com protagonista agroboy, curta premiado luta para ser exibido aqui

Naiane Mesquita | 06/10/2015 09:46
Jean, interpretado por Pepa Quadrini, é um agroboy sozinho em busca de algo em Campo Grande (Foto: Reprodução/A Outra Margem)
Jean, interpretado por Pepa Quadrini, é um agroboy sozinho em busca de algo em Campo Grande (Foto: Reprodução/A Outra Margem)

"Sábado à noite, centro-oeste brasileiro. Jean é um agroboy que escuta a rádio local onde as pessoas deixam mensagem de amor". A sinopse de A Outra Margem, segundo a diretora Nathália Tereza, é a que melhor descreve o curta-metragem sul-mato-grossense.

Filme foi premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Filme foi premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Premiado pela crítica no Prêmio Abraccine no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro como melhor direção de curta ou média-metragem e no Festival de Cinema de Vitória, como melhor direção e melhor ator, o filme usa um programa de rádio para conduzir a narrativa de solidão e paixão.

“O filme é mais do que uma história de amor, o amor atravessa os personagens e é através deste que percebemos a solidão de Jean (Pepa Quadrini), o protagonista. É um filme de solidão, de orgulho, de estar sempre à procura de algo e nunca alcançar. O ser humano não se basta”, afirma a diretora.

Nathália nasceu em Campo Grande, mas foi estudar cinema em Curitiba. Mesmo assim, o desejo de representar a cidade do coração se tornou forte o bastante para filmar aqui. “Sabia que seria importante, que seria algo para mim. Marca o meu retorno como cineasta e amante da cidade. O desejo sempre existiu, eu só precisei acertar os pontos do roteiro, encontrar qual pedaço de Mato Grosso do Sul eu queria mostrar”, ressalta.

Para ela, escolher Campo Grande foi uma decisão acertada. “É incrível como as pessoas recebem o filme nas outras cidades, todo mundo se identifica. É uma paisagem que ecoa no imaginário: a rádio, as luzes da cidade, as pessoas, procurar alguém”, acredita.

Quem divide a cena com Pepa Quadrini é a atriz Natália Mazarim, de Dourados. “São atores fantásticos. A Natália estava em Campo Grande na época do teste de elenco. A Aline Calixo, uma pessoa maravilhosa e generosa também participa, assim como o radialista Lucas Cardoso e a cantora Gisa Baptista. A equipe é reduzida e mesclada, gosto de trabalhar assim”, explica.

Toda a pós-produção do filme foi realizada em Curitiba e em Porto Alegre, com som 5.1 e alta finalização de imagem. Com recepção positiva em festivais, Nathália confirmou participação em outros eventos. “Os festivais querem ver nosso filme. Querem ver esse outro Mato Grosso do Sul, as pessoas falam bastante em como o estado é pouco projetado no cinema. O filme rodou vários festivais, podemos dizer que fizemos "o circuito"de importantes festivais do Brasil. A estreia foi no Festival de Tiradentes”, diz.

Apesar da repercussão, Nathália lamenta apenas não conseguir exibir o filme em Campo Grande. “Estou na espera, ansiosamente, uma angústia de passar em Campo Grande. Acontece que não queremos passar o filme em DVD, é um filme noturno, finalizado em DCP (alta definição), com som 5.1. Tentei apoio dos grande cinemas, mas mesmo com apoio, o custo é bem alto. Será que com essa matéria, algum cinema que passe em HD/DCP gostaria de exibir o filme”, questiona, esperançosa, Nathália.

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