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Artes

Na pandemia que balançou negócios, Alex apostou em pintura

Tatuador continuar com estúdio de tatuagem na Capital, mas está voltado para o trabalho em telas

Lucas Mamédio | 10/04/2021 07:15
Alex com uma de suas telas feitas em CG, um indígena (Foto: Arquivo Pessoal)
Alex com uma de suas telas feitas em CG, um indígena (Foto: Arquivo Pessoal)

A busca por um lugar tranquilo para trabalhar e criar os filhos transformou a vida e a arte do tatuador e artista plástico Alex Souza. Natural de Campo Grande, fez a carreira no litoral paulista, onde chegou a ter dois estúdios de tatuagem. De volta a capital de Mato Grosso do Sul, viu a pandemia colocar seu negócio em risco, foi então que resolveu canalizar seu talento para pintura em telas, uma forma de continuar ganhando dinheiro.

Alex começou no mundo da tatuagem muito cedo, pouco depois de se mudar para o Guarujá, no litoral de São Paulo. “Eu trabalhei lá por 14 anos, cheguei a comprar um segundo estúdio no centro da cidade. Atendia em Santos e SP capital, além de fazer muitas feiras de tatuagem”.

Trabalho de tatuador feito por Alex, que ainda tem estúdio em CG (Foto: Arquivo Pessoal)
Trabalho de tatuador feito por Alex, que ainda tem estúdio em CG (Foto: Arquivo Pessoal)
Alex se mudou com toda família para CG em busca de qualidade de vida (Foto: Arquivo Pessoal)
Alex se mudou com toda família para CG em busca de qualidade de vida (Foto: Arquivo Pessoal)

Após longos anos em SP, já com família constituída, decidiu junto da esposa, também tatuadora e body piercing, voltar para Campo Grande para reatar o laço quebrado na adolescência.

“As coisas mudaram muito em São Paulo, qualidade de vida, violência, tudo isso fez a gente pensar em um novo lugar pra cirar nossos filhos. Como já tinha vindo numa feira aqui em Campo Grande, achei que seria uma boa abrir meu estúdio”.

A família chegou em dezembro de 2019. Foi o tempo de procurar casa, abrir o estúdio, conseguir alguns clientes e chegou a pandemia. “Fomos corajosos porque não fomos trabalhar para ninguém, abrimos nós mesmo nosso estúdio e começamos até a criar uma carteira legal de clientes, mas a pandemia nos pegou de surpresa”.

Como a esposa também é da área da enfermagem, conseguiu um emprego em uma clínica. “Avaliamos que pelo menos para o “arroz e feijão” nós teríamos já que a tatuagem estava muito incerta”.

Alex pintando uma de suas telas (Foto: Arquivo Pessoal)
Alex pintando uma de suas telas (Foto: Arquivo Pessoal)

Aliado a essa mudança, Alex decidiu retomar uma prática artística que sempre amou: as pinturas. “Eu fazia alguns trabalhos em SP, cheguei a fazer algumas customizações em motos aqui, mas com a pandemia decidi que poderia fazer isso pra ganhar dinheiro mesmo”.

Um episódio foi simbólico. “Um dia achei um shape velho de skate no lixo e decidi pegar pra decorar o estúdio. Pintei um galo para aproveitar a textura da madeira gasta e fazer as penas. Um publicitário viu, gostou e quis comprar, porque galo é o símbolo da publicidade”.

Agora, apesar de continuar com trabalho de tatuador, Alex está mais concentrado nas telas e em comercializá-las. “Tenho mandando muitas trabalhos pra SP, e aqui também”.

Muitos dos trabalhos são figuras realista, que possuem relação com Mato Grosso do Sul, cultura indígena.

Para conhecer mais do trabalho de Alex, você pode acessar sua página no Instagram.

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