ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Comportamento

"Chicão" vira mascote em oficina mecânica visitada por lagartos e gambas

Naiane Mesquita | 25/11/2015 06:34
Celso faz vídeos do teiú e já se acostumou a alimentar o animal da Summer Oficina, que toca há dez anos (Foto: Marcos Ermínio)
Celso faz vídeos do teiú e já se acostumou a alimentar o animal da Summer Oficina, que toca há dez anos (Foto: Marcos Ermínio)

“Vem cá criança”. É assim que Celso Verão, 51 anos, chama o quase animal de estimação Chicão, um Teiú que visita com frequência a oficina mecânica e a casa dele na rua Joaquim Murtinho, próximo a avenida Ceará, em Campo Grande. Com mais de 1 metro de comprimento, o lagarto é da espécie tupinambis merianae, típica do Pantanal e que sempre aparece por essas bandas.

Celso conta que a primeira vez que viu o animal foi há dez anos, quando decidiu abrir a oficina na Joaquim Murtinho. “Eles estão aqui desde o início. Andam um pouco pela manhã, entre às 10h30 até as 14 horas, sempre na hora do almoço. Tem vezes que eles somem um pouco, mas não são agressivos, nunca atacaram ninguém”, afirma Celso.

Chicão tomando um sol no quintal
Chicão tomando um sol no quintal

Carnívoros, os animais se alimentam de carnes que os moradores dão a eles, além de ovos. “O Chico que é o maior chegou a brigar com o menorzinho por um pedaço de carne. Eles vão direto para a porta da cozinha na hora do almoço esperando alguma coisa”, explica.

Celso diz que os animais moram no terreno ao lado da oficina, que é fechado, mas ele deixa uma pequena abertura para eles passarem.

Chicão recebendo uma porção de carne de Celso (Foto: Divulgação)
Chicão recebendo uma porção de carne de Celso (Foto: Divulgação)

“Ao todo são quatro, dois adultos e dois filhotes. O Chico tem mais de 1 metro da cabeça ao rabo, são animais imponentes, quem não é acostumado sai de perto quando vê. Um senhor que mora aqui há mais tempo me disse que é normal eles sumirem um tempo, cerca de seis meses, porque ficariam enterrados e depois trocam de pele. Não sei se é verdade”, brinca.

Além dos teiús, alguns gambás também aparecem com frequência. “Teve um que era bem mansinho, mas acredito que morreu atropelado, acontece muito aqui. Agora recentemente apareceu um bravo”, ri. Mas, na oficina ninguém faz mal aos animais. “Todo mundo faz foto ou filma”, explica.

O lado bom é que além da companhia, os teiús são pedradores de pequenos animais. “Onde eles vivem não aparece cobra, nem rato. Aqui não tem nada”, frisa.

A aparição dos animais rende vídeos caseiros, que mostram bem a relação de carinho com os lagartos na oficina. Veja:

Nos siga no Google Notícias