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Comportamento

Antes do tempo, gêmeas chegaram para ensinar o mundo à mãe de 17 anos

Paula Maciulevicius | 10/03/2016 06:23
Gabrielly, a segunda a nascer recebe o carinho da mãe de fora. (Fotos: Arquivo Pessoal)
Gabrielly, a segunda a nascer recebe o carinho da mãe de fora. (Fotos: Arquivo Pessoal)

Um dia antes de saber o sexo dos bebês, Andressa sentiu as dores do parto e soube que trazia duas meninas ao mundo num intervalo de 10 minutos entre o nascimento de Gabrielly e Isabelly. Aos 17 anos, a maternidade repentina vai ensinar a mãe o que é o maior amor do mundo. A adolescente repete o feito da própria mãe, Kelly, que também deu à luz tão nova. Somada à avó, dona Nadir, a casa da família, no bairro Nova Esperança, é tomada por mulheres que querem um mundo diferente. 

"Eu fui mãe com 22 anos, a mãe dela teve a Andressa com 17", narra Nadir Rodrigues, professora aposentada de 62 anos. Andressa foi a primeira neta e quem desde o dia 8 a tornou bisavó. "A gente recebeu com tanta alegria e quando descobriu que eram gêmeos, mais ainda", completa.

Foi dona Nadir quem percebeu que a neta daria à luz quando Andressa a chamou no quarto, ainda na tarde da última segunda, dia 7. "Ela não sabia da realidade, como é quando estoura a bolsa. Me chamou e disse que tinha água escorrendo pelas pernas, tinha estourado!", comemorou a avó.

Isabelly, a primeira a nascer.
Isabelly, a primeira a nascer.

As duas correram para o HU (Hospital Universitário), onde a adolescente fazia o pré-natal. Nos primeiros exames, os médicos falaram que os bebês estavam "encaixando" e que o certo era ficar em repouso, mesmo com a previsão de nascimento só em maio.

Na madrugada de terça, dia 8, Andressa começou a sentir as primeiras contrações, entrou em trabalho de parto e quando perceberam, já eram 5cm de dilatação. Em 1h, quase amanhecendo, as meninas nasceram, de parto normal.

"Pegou a gente de surpresa, ainda mais por serem prematuras. Ser avó de meninas me deixou muito feliz, meu sonho era ter sete meninas", brinca a mãe, segunda geração da família, Kelly Silvia Rodrigues, de 35 anos. Auxiliar de cozinha, ela viu as netas nascerem, deu força à filha e tem na galeria do celular as fotos das pequenas.

Gabrielly nasceu primeiro, com 1,2 kg e 36 cm, de mesma altura, Isabelly tem apenas 100 gramas a menos. As duas estão internadas na UTI Neonatal do HU e aguardam alta, mas ainda sem previsão. Como o parto pegou todos de surpresa, a família não teve tempo e nem condições de providenciar o enxoval. São poucas as pecinhas de roupa que as gêmeas têm.

Mãe vê as meninas pelo vidro, mas aguarda ansiosa a alta.
Mãe vê as meninas pelo vidro, mas aguarda ansiosa a alta.

Por telefone que o Lado B conversa com Andressa, a mãe e terceira geração das Rodrigues. A notícia da gravidez chegou quando ela já estava com dois meses, depois da desconfiança devido os enjoos e junto do resultado, veio a felicidade. Quando as primeiras dores começaram, ela jurava que eram só cólicas, com o tempo e o intervalo mais curto entre uma contração e outra, é que descobriu que estava prestes a se tornar mamãe.

"Eu tinha a desconfiança de que seriam meninas, mas não era certeza. Eu vi quando nasceu, em casa sempre fomos mais mulheres", conta Andressa Rodrigues Carrelo.

De mãe até bisavó, os desejos para as meninas são de saúde, crescimento e força. "Eu desejo que elas sejam saudáveis, isso é o principal. Elas já são queridas por toda a família, espero que só encontrem amor e carinho na vida e que tenham um futuro brilhante", espera bisavó.

"Que sejam boas pessoas e que possam ajudar a mudar o mundo. É isso que espero delas", a avó.

"Que elas cresçam com bastante saúde, que consigam tudo o que quiserem, porque eu vou fazer tudo o que eu puder para isso", decreta a mãe. Andressa ainda não pode pegar as gêmeas no colo, as vê ligadas a aparelhos e espera, ansiosa, alta.

O contato para doações é o celular de dona Nadir: 9209-2805.

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Elas ainda não se encontraram depois da barriga, mas na montagem e no coração da mãe, estão juntas.
Elas ainda não se encontraram depois da barriga, mas na montagem e no coração da mãe, estão juntas.
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