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Comportamento

Aos 6 anos, Pedro é um dos bailarinos da família onde respeito é regra número um

Mariana Lopes | 24/09/2017 08:07
Carol, irmã e professora de balé de Pedro
Carol, irmã e professora de balé de Pedro

Era para ser apenas uma foto dos filhos postada no Facebook, mas a dona de casa Andreia Rocha resolveu fazer da publicação uma reflexão bastante pertinente para os dias atuais. Na imagem, os dois estão vestidos de bailarinos e na legenda, a mãe foi clara ao dar o recado: "na minha casa não tem essa que homem não pode fazer balé, aqui não temos preconceito".

Prova disso é que Andreia é a maior incentivadora dos filhos quando o assunto é esporte e arte. O caçula, Pedro Otávio, de 6 anos, começou ainda bebê a acompanhar a mãe às aulas de alongamento. Com 1 ano e meio, ele fez a primeira apresentação. E neste ano começou a fazer aulas de balé na escola onde estuda, um dos poucos meninos que participam da dança.

A professora é a própria irmã, Carolina Rocha Diniz, de 18 anos. "Na turma dele, antes tinha outro menino, mas ele saiu. Tem dias que o pedro até cansa, porque é o único para fazer os exercícios com todas as meninas", comenta.

Mas apesar de ser puxado, a escolha em fazer o balé veio do próprio Pedro. E com certeza a vontado do menino foi bem vinda e respeitada pelo pais. "Ele sempre vai fazer o que lhe fazer bem, o que ele escolher", defende Andreia.

Apaixonado por dança, Pedro entende e defende o pepel do homem no balé
Apaixonado por dança, Pedro entende e defende o pepel do homem no balé

A família toda tem a veia artística, mas Andreia também incentiva muito, inclusive levando os filhos para assistirem espetáculos de dança, teatro, circo, música. Mas o que ela mais ressalta é o valor que tenta em passar aos filhos sobre o respeito ao próximo, sem julgamentos ou precoceito.

Fora o balé, Pedro também faz judô e natação. E Andreia é bastante convicta de que nenhum destes esportes irá definir a sexualidade do filho. "Se ele for gay, será de qualquer jeito. Não serão as aulas de balé que farão dele homossexual e nem o judô o transformará em hétero. Besteira isso".

Apesar do receio de o filho enfrentar preconceitos por causa das aulas de balé, Andreia diz que o ensina a se defender de qualquer comentário ríspido que ele venha a tropeçar. E para a surpresa e orgulho dela, Pedro aprendeu direitinho a lição. "Uma vez, o pai de uma aluno da escola dele disse ao filho que homem não fazia balé, e o Pedro mais do que depressa respondeu que homem faz balé sim, porque senão quem irá levantar as bailarina!?", conta a mãe.

Isso indica que Pedro não apenas aprendeu a se defender, mas que, acima de tudo, entendeu bem qual é o papel do bailarino quando ele entra em cena e também que a arte e a dança é pra quem tem muita personalidade e amor pelo o que faz.

Andreia é a maior incentivadora do filho e afirma que ele sempre irá fazer o que quer
Andreia é a maior incentivadora do filho e afirma que ele sempre irá fazer o que quer
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