ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Comportamento

Após anos rejeitando gatos, professora adota Galileu e vira militante felina

Paula Maciulevicius | 06/04/2015 06:34
Amor à primeira vista, dona sempre gostou de cães, mas não resistiu ao Galileu. (Foto: Arquivo Pessoal)
Amor à primeira vista, dona sempre gostou de cães, mas não resistiu ao Galileu. (Foto: Arquivo Pessoal)

A preferência sempre foi por cachorros até Galileu conquistar a casa com um olhar de quem precisava de carinho. Quando a professora Liane Junges Filiú, de 48 anos, descobriu o amor que os gatos podem passar, resolveu dizer isso ao mundo. Através do miar do Galileu foi por água abaixo tudo o que ela pensava sobre os felinos. De traiçoeiro, o bichinho não tem nada, apenas muito amor pra dar.

Amor à primeira vista, ela que sempre optou por cães e tem três da raça yorkshire em casa, viu o anúncio do gatinho para adoção no Facebook de uma ONG. Desde o primeiro clique, ela não sossegou até ir ao encontro do filhote. Hoje, com um mês em casa, ela já levanta a bandeira do "faça um bem a você e adote também". 

"Eu nunca nem gostei de gato, sempre achei que fosse meio traiçoeiro. Mas o Galileu é diferente, ele tem um olhar doce, querido que agrada a gente. Ele vem onde a gente está, insiste e conquista", descreve.

Logo que o gato chegou em casa, ainda com ferimentos na cabeça. (Foto: Arquivo Pessoal)
Logo que o gato chegou em casa, ainda com ferimentos na cabeça. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com cerca de três meses, o bichinho não tem raça e é denominado carinhosamente pela dona como 'vira-latinha'. "Eu ouvi dizer que os gatos são muito gratos quando a pessoa adota ele e todo mundo falava que eu era louca de adotar um gato e agora está 'quebrado' por ele", conta.

O coração de Liane começou a amolecer ano passado, quando volta e meia gatinhos apareciam em frente à sua casa. "Teve um pequenininho, magrinho, remelento... E quando ele olhou pra mim, juro, saiu uma lágrima do olho dele. Eu não aguentei, cortou meu coração". Depois de limpinho, o felino ficou com ela alguns dias até achar um lar definitivo. 

"Eu nunca tinha entrado e nem curtido nenhuma ONG e me falaram para publicar uma foto dele, aí que eu comecei a ver os bichinhos que estavam para adoção", lembra. De início, a reação era a mesma, de negar adotar um porque não podia, não dava, tinha cachorros em casa.

O relato dela serve para muita gente que sempre teve uma espécie de pré-conceito para com os que miam.(Foto: Arquivo Pessoal)
O relato dela serve para muita gente que sempre teve uma espécie de pré-conceito para com os que miam.(Foto: Arquivo Pessoal)

"Um dia eu estava no Facebook e apareceu na minha página, entrei para olhar e de repente eu vi. Ele estava com aquela carinha de coitado, não era feio, mas tinha um machucado na cabeça e graxa até na orelhinha, parecia um mecânico", brinca.

O encanto foi ali. Mas na casa onde mora com o marido e as duas filhas, ninguém aceitou a ideia de primeira. "Falavam para eu esquecer o bichinho, mas toda hora que eu via lá estava o anúncio. Falei com a menina que tinha postado e ela falou que ele era bonzinho, meigo, carinhoso. E eu ainda estava muito desconfiada com gato", pontua.

Como nunca teve um gato em casa, Liane pensava que ao pegar no colo iria ser arranhada. "À tardezinha eu fui lá ver, quando eu cheguei ele já subiu no meu ombro, pegou nas minhas costas. Ali eu falei: é meu, pronto, vou levar embora".

No carro Galileu não parou. Saracoteou tanto que a casquinha da ferida formada na cabeça caiu ali mesmo. "Fiquei encantada, ele é muito doce. Me reconheceu sabe? Não tinha nenhuma pulguinha, dei um banho morno, passei cotonete, deixei ele limpinho", relata a professora.

Galileu foi o primeiro nome que veio à cabeça da professora e ficou no gatinho que encontrou na casa dela, um lar. (Foto: Arquivo Pessoal)
Galileu foi o primeiro nome que veio à cabeça da professora e ficou no gatinho que encontrou na casa dela, um lar. (Foto: Arquivo Pessoal)

Como na casa todos os animais tomam banho toda semana, Galileu também entrou na onda. Morando dentro de casa, ele já conquistou todo mundo, até quem aparece só para visitar.

"Eu não imaginava que gato era tão querido, meiguinho, que interage com a gente. Imaginava um bicho antipático, mas não ele procura ficar perto da gente, na mão da gente, pedindo carinho".

O relato dela serve para muita gente que sempre teve uma espécie de pré-conceito para com os que miam. "As pessoas tem essa ideia, não sei se é porque é felino, se é muito diferente que eu tinha de gato", afirma.

A paixão é tamanha que agora Liane já está achando um gatinho pouco. "Cachorro você tem um e chega. Mas gato, eu estou encantada que já fui atrás de mais dois. É um bichinho limpinho, que não precisa de espaço muito grande e é muito parceirinho".

Em casa, Galileu se deu bem com os outros cães. Uma delas, a Bibi, foi quem se mostrou mais ciumenta, mas até ela está se rendendo ao olhar encantador dele a ponto de dividirem o sofá e a coberta juntos. "Não é que brincam juntos, mas cada um respeita o seu espaço. Elas aceitaram ele vir pra cá", brinca a dona.

Galileu foi o primeiro nome que veio à cabeça da professora e ficou no gatinho que encontrou na casa dela, um lar.

Nos siga no Google Notícias