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Comportamento

'Camisa' tinha tanto nome falso que o real só apareceu em processo

‘Camisa de Couro’, conhecido por todos como Antonio Carvalho, se chamava Horácio Nogueira Barbosa

Por Aletheya Alves | 15/03/2024 07:14
Foto histórica de Três Lagoas representa memórias da cidade. (Foto: Arquivo/TJMS)
Foto histórica de Três Lagoas representa memórias da cidade. (Foto: Arquivo/TJMS)

Uma prática antiga comum em Três Lagoas era a de conhecer as pessoas mais por seus apelidos do que por seus nomes oficiais. Exemplo disso era um criminoso que, se aproveitando da ideia, usava dois nomes “falsos” e sua identidade verdadeira só era conhecida pela Justiça.

Bastante conhecido na região, o “Camisa de Couro” mostra o hábito curioso dos três-lagoenses. “Em algumas ocasiões, os apelidos tornavam-se tão populares que não se conhecia a pessoa pelo nome, sem mencionar o ‘vulgo’ e o apelido. Em geral, os apelidos estavam relacionados à profissão da pessoa ou sua origem”, descreve relato do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul)

Conforme os arquivos do Tribunal de Justiça, Camisa de Couro tinha um histórico de crimes e isso fazia com que a população mantivesse um medo geral. Mas, mesmo com todos os receios, Ambrozina Pereira Martins denunciou o homem pela morte de seu esposo, Antonio Theodoro de Mello, em 1960.

“Pelo relato da viúva, o marido e o fazendeiro Raymundo Martins tornaram-se inimigos em questões que envolviam criação de gado”, descreve o TJMS. E, a partir dessas discussões, o fazendeiro teria contratado Camisa de Couro para matar Antonio.

Como pagamento, o criminoso teria recebido um Jeep pelo crime “bem sucedido”. Mas, o problema principal da história é que o processo carrega um atestado de óbito de um terceiro, Horácio Nogueira Barbosa.

Complicando o entendimento, o tal Camisa de Couro tinha outro nome, além de seu apelido. Segundo os processos, ele usava o nome de Antonio Carvalho, mas esse não constava em sua certidão de nascimento.

No fim das contas, o nome verdadeiro era Horácio Nogueira Barbosa, que morreu um ano após o assassinato do marido de Ambrozina.

Sobre sua morte, ele faleceu no dia 8 de novembro de 1961, sendo vítima de hemorragia interna e externa por ruptura de vasos da base. “O bandido morreu, contudo, por muito tempo depois da morte ouviu-se histórias de seus crimes e perversidades”, completa o relato do TJMS.

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