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Comportamento

Em 1979, casamento triplo de irmãos fez dos Neves e Gonçalves uma só família

Paula Maciulevicius | 13/05/2016 06:15
Da esquerda para a direita: Zezinho e Hilda, os últimos noivos José e Odina e Maria e Getúlio. (Fotos: Arquivo Pessoal)
Da esquerda para a direita: Zezinho e Hilda, os últimos noivos José e Odina e Maria e Getúlio. (Fotos: Arquivo Pessoal)

A história começa em 1977 e termina em seis "sim" dois anos depois. Na fazenda no município de Bandeirantes, festas entre famílias fez nascer uma só. Quando os Neves e os Gonçalves Martins se encontraram, duas irmãs e um irmão se casaram com dois irmãos e uma irmã. 

É preciso quase que desenhar uma árvore genealógica para entender a família. Dos Neves são: Hilda, Maria e José. Dos Gonçalves: José, Getúlio e Odina. Eles são em mais irmãos, mas se assim já é confuso de entender, imagina colocando todo mundo junto? 

A festa que recebeu o ano de 1978 aconteceu na fazenda dos Gonçalves, em Capado, Bandeirantes. À época, os irmãos Neves, junto da família, foram até a fazenda onde morava Odila, a irmã que não aparece no "cruzamento", mas que foi quem fez com que todo mundo aí se encontrasse.

Ela Gonçalves Martins e ele Neves, Odina e José foram os dois que começaram a namorar por último. (Foto: Alcides Neto)
Ela Gonçalves Martins e ele Neves, Odina e José foram os dois que começaram a namorar por último. (Foto: Alcides Neto)

Da comemoração, já saíram namorando Hilda e Maria com José e Getúlio, respectivamente. O casal que sobrou ficou para março do ano seguinte, numa festa premeditada para juntar Odina e José. "Nos conhecemos na casa da minha cunhada, lá a Hilda começou a namorar o Zezinho e a Maria, o Getúlio. Depois eu fiz uma festa. Nós ficamos nos conhecendo ali, mas eu fiquei com um pouco de vergonha, então só minhas irmãs que foram conquistadas", brinca José Ribeiro Neves, de 58 anos.

Quando março chegou, foram os Neves que chamaram os Gonçalves. Neste meio tempo de três meses, José ficou amigo de Zezinho, cunhado que viria a se tornar parente duas vezes. "Ele casou com a minha irmã, mas também é irmão da minha esposa", explica o autônomo José.

No ano seguinte, a fila de casamentos foi puxada por Maria e Getúlio, em fevereiro e pulou para junho. Com o intervalo de uma semana, Hilda e Zezinho se casaram e José e Odina fecharam o ciclo. "Casei com 22 anos e ela tinha 17", recorda José.

José e Hilda em fevereiro de 1979.
José e Hilda em fevereiro de 1979.

A formação da família assim fez com que os primos ficassem praticamente irmãos. "É uma coisa legal, na verdade a gente se identifica um com o outro. Acho que é coisa de Deus, porque deu certo e estamos com 37 anos de casado. Quando reúne todo mundo é uma benção", explica José.

As perguntas - vindas de quem sabe um pouquinho da história - vem carregadas de curiosidade. Do por quê e como foi que os irmãos se casaram assim. Mas para quem nasceu entre os Neves e Gonçalves Martins, tudo é normal.

"Desde sempre foi assim, então não é uma novidade. Na festa de família, junta todo mundo. O que acontece é que somos mais parecidos, tenho uma prima, filha da tia Hilda, que todo mundo pensa que a gente é irmã", explica a gerente Adriana Neves Martins, de 33 anos, filha do primeiro casal, Getúlio e Maria.

De poucas palavras, a tia Hilda lembra que quando os Neves moravam na fazenda e os Gonçalves na cidade, quando vinha um, vinham três.

"Eles vinham todos juntos. Acho que é como diz o outro, destino. Só que não dá para falar mal de ninguém", brinca a dona de casa Hilda Neves Martins, de 61 anos. Para a irmã/cunhada, Maria, é preciso mesmo ter paciência e perseverança. "Brincadeira, a gente se dá bem como todo mundo", resume Maria Neves Martins, 62 anos.

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Getúlio e Maria.
Getúlio e Maria.
Zezinho e HIlda, que também se casaram em junho de 79.
Zezinho e HIlda, que também se casaram em junho de 79.
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