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Comportamento

Funcionário público vai à Londres por influência de autores C.S Lewis e Tolkien

Thaís Pimenta | 30/12/2017 06:28
A casa de Lewis e Eraldo. (Foto: Acervo Pessoal)
A casa de Lewis e Eraldo. (Foto: Acervo Pessoal)

Aos 48 anos, Eraldo Gasparini decidiu que era hora de colocar um grande sonho em prática. Hoje, funcionário público, formado em História e pós-graduado em História das Religiões, é fã assumido dos autores J. R. R. Tolkien, autor de Senhor dos Anéis e O Hobbit, e principalmente de C. S. Lewis.

A admiração é tanta que Eraldo tinha como maior incentivo para a viagem conhecer a casa em que Lewis morou, o bosque que inspirou toda a atmosfera de "As Crônicas de Nárnia" e o pub em que os professores universitários e escritores Tolkien e Lewis costumavam frequentar juntos.

Antes da Inglaterra, Eraldo havia conhecido Portugal. "Na segunda vez em que fui pra lá surgiu a oportunidade de pegar um avião pra Londres a um preço camarada, seria uma viagem rápida só pra conhecer mesmo. Não deu certo na época e eu fiquei com isso na cabeça, pensando que precisava conhecer o País".

Foi um ano de planejamento para ficar 15 dias em terras inglesas, com direito a conhecer Oxford e Cambridge. Tudo isso com um inglês básico na ponta da língua e muita disposição. "O idioma pra mim foi um desafio mas não é um empecilho. O mais curioso é que em todo canto eu encontrava com brasileiros, conheci até mesmo um campo-grandense", conta ele.

Eraldo no bosque de Oxford, que era quintal da casa de Lewis. Hoje o local se tornou um horto florestal. (Foto: Acervo Pessoal)
Eraldo no bosque de Oxford, que era quintal da casa de Lewis. Hoje o local se tornou um horto florestal. (Foto: Acervo Pessoal)

Durante a viagem realizada em outubro, Eraldo economizou como pode e conseguiu gastar apenas 700 libras, o que representa cerca de R$ 3.150. "Eu acabei gastando mais na passagem porque comprei com três meses de antecedência. Recomendo que seja adquirida com, pelo menos, seis meses", relata.

Ele hospedou-se no hostel de um casal de brasileiros no bairro Elephant & Castle e andava pela cidade a pé, de ônibus e trem. Para se alimentar, comprava comida pronta em redes de supermercados. "Um prato que no restaurante sai a 15 libras, no mercado sai a 4", completa.

Os passeios eram, em maioria, gratuitos. Viu de perto o monumento "The Shard", a estátua de Ricardo Coração de Leão e até a Trafagal Square. "Visitei todos os museus. Arrisco dizer inclusive que foi o que mais gostei de fazer em Londres. Fui ao museu de Sherlock Holmes, ao Museu Imperial da Guerra e ao Museu do Brinquedo. Foram muitos".

Em Oxford, conseguiu visitar todos os pontos turísticos que sonhava. "Fui a casa de Lewis, ao bosque que hoje é horto florestal da cidade, fui ao túmulo dele. Vi por fora o pub em que bebiam, ele e Tolkien, o 'The Eagle and Child'", comemora até hoje.

Com quase 5 décadas de vida, Eraldo comenta que, no exterior, ainda é tido como jovem. "A gente tem que viver as coisas e parar de procurar por desculpas. Quando somos adolescentes temos tempo e não temos dinheiros, depois temos dinheiro e não tempo. É só se organizar e partir", finaliza.

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O museu de Sherlock Holmes. (Foto: Acervo Pessoal)
O museu de Sherlock Holmes. (Foto: Acervo Pessoal)
O pub de Lewis e Tolkien. (Foto: Acervo Pessoal)
O pub de Lewis e Tolkien. (Foto: Acervo Pessoal)
O túmulo de Lewis.
O túmulo de Lewis.
A Trafagal Square.
A Trafagal Square.
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